O poder do cavaquinho Entusiasma-me, de sobremaneira, constatar que a ré dos elegantes barcos de Indramayu é em tudo semelhante aos castelos das antigas naus portuguesas. Aqui mencionamos a ré; mas noutros locais de Java falaríamos de proas alteadas a…
Category: Cultura
Java Menor – 1
O porto de Cimanuk Demoro algum tempo mas acabo por chegar à conclusão que a Indramayu que tantas vezes visito, afinal, corresponde à Cimanuk mencionada nos textos de Tomé Pires, boticário, autor do primeiro tratado geográfico europeu sobre aquelas paragens.…
Rivalidade Luso – Gaulesa na Corte do Filho Celestial
Um episódio médico Em 1687, um século após o estabelecimento, em Shiuhing, da primeira Casa da Companhia de Jesus, assomava aos portões de Pequim um grupo de jesuítas franceses que viajara até à Ásia sob os auspícios e protecção do…
Bengala e o Reino do Dragão – 55
Maamuni e o Elefante Branco Se verdade é que nos rios e ao longo da costa os mogóis sempre fracassavam frente aos arracaneses, convém não esquecer que o potencial dos primeiros – com um exército com mais de setecentos mil…
Bengala e o Reino do Dragão – 54
A ilha dos tubarões No local onde buscaram refúgio os fugitivos de Hugli, a ilha de Saugar (Sagar), todos os anos se realizava uma festividade hindu no decurso da qual os mais devotos, num gesto extremo de sacrifício aos seus…
Bengala e o Reino do Dragão – 53
O mastro do navio Deixámos a semana passada os sobreviventes de Hugli em frenética fuga rio abaixo, perdendo no processo várias barcaças para o inimigo mogol; preservando outras tantas. Tinham até ultrapassado já o pontão e a corrente de argolas…
Bengala e o Reino do Dragão – 52
A fuga fluvial O sucesso do ataque mogol a Hugli era só uma questão de tempo. Não obstante, os portugueses, apesar de muito desfalcados, guardavam na manga uma derradeira cartada. Os bombardeamentos cerrados e contínuos da artilharia inimiga tinham miraculosamente…
Bengala e o Reino do Dragão – 51
O ataque a Hugli Os argumentos do renegado Martim de Melo surtiram efeito e o “poeta” Shaista Khan num instante se transmutou em feroz guerreiro. Tratou logo de colocar à frente do combate o seu filho Ibrahim Khan (nos textos…
Bengala e o Reino do Dragão – 50
O renegado Martim de Melo Todos os habitantes de Hugli eram tidos como vassalos do Grão Mogol e a ele pagavam direitos alfandegários que deixavam satisfeitos o governador da província recentemente conquistada. A alguns dos comerciantes, “os mais importantes da…
Bengala e o Reino do Dragão – 49
Voo sobre os Himalaias A tranquilidade do formoso vale de Paro é quebrada apenas pelos voos em ziguezague das aeronaves da Bhutan Airlines e da Druk Air, as únicas companhias aéreas autorizadas a sobrevoar este estreito pedaço de terra bastante…
Bengala e o Reino do Dragão – 48
O cativeiro de Manuel Marques Após dez anos de actividade a missão no Ngari, Tibete Ocidental, fora desactivada, mas nem por isso se deram por vencidos os valorosos padres. Em Junho de 1636 chega a Agra, vindo de Goa, o…
Bengala e o Reino do Dragão – 47
O insucesso da missão No mesmo ano em que era aberta a missão de Rutok, em 1627, Cacela e Cabral deixavam Cooch Behar, tendo chegado em pouco tempo a Paro, a capital do reino do Butão. Em Maio desse ano,…
Bengala e o Reino do Dragão – 46
As viagens himalaicas Em 1580, nas faldas montanhosas de Oleiros, Beira Alta, nasce António de Andrade, o homem a quem com toda a justeza se atribui o pioneirismo nos Himalaias e no planalto tibetano. Passariam dezasseis anos até que, em…
Bengala e o Reino do Dragão – 45
A névoa da portela de Dochula No seu relato, Estêvão Cacela afirma ter-se dedicado de corpo e alma a aprender o idioma da região e, provavelmente, o Sânscrito, uma vez que menciona ter estudado “os livros dos lamas”. Ou seja,…
Bengala e o Reino do Dragão – 44
O fruto sem semente Como já aqui dissemos, a tentativa de converter os butaneses saiu gorada e os padres João Cabral e Estêvão Cacela bem frustrados se devem ter sentido, pois o esforço foi muito. Só séculos depois, já em…