A Rangamati dos firingis Ao virar do século XVII surgem inúmeras referências a uma comunidade cristã de dimensão considerável, certamente de origem firingi, em Rangamati, nas margens do Bramaputra. Um texto datado de 1682 e da autoria dos monges agostinhos…
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Bengala e o Reino do Dragão – 13
Os mercenários europeus A presença de mercenários europeus entre as hostes dos exércitos asiáticos tem longo historial. Já aquando da histórica viagem de Vasco da Gama à Índia, em 1498, era assinalada a existência de militares italianos ao serviço de…
Bengala e o Reino do Dragão – 12
Portugueses “filhos de Indos” No dia seguinte, e antes de partir para Cooch Behar, mais uma vez no pergunta-a-este-e-no-pergunta-aquele em busca de um templo em Pandu que acabamos por não conseguir encontrar, vimo-nos de novo junto ao Bramaputra, desta feita…
Bengala e o Reino do Dragão – 11
Em busca do palácio do Liquirinane Ao convidar-nos a entrar no Hayagriva Madhava logo avisa o guardião tornado guia que será necessário mais tarde dar uns trocos ao brâmane-mor. Já no interior, chama-nos a atenção para um pilar partido, «devido…
Bengala e o Reino do Dragão – 10
As cocas negras do Bramaputra Durante a curta deslocação à beira-rio deparamos com duas negras embarcações de madeira de convés alto e fundo chato varadas no areal. No seu todo, seja nas obras vivas ou nas obras mortas, não parece…
Bengala e o Reino do Dragão – 9
O rajá de Pandu O reino do Cocho assentava, na época, a sua capital na cidade de Hajo. Embora a tivessem avistado, no lado norte do Brahmaputra, não era esse o destino dos padres, antes Pandu, centro nevrálgico de uma…
Bengala e o Reino do Dragão – 8
Rumo ao reino do Cocho A viagem dos jesuítas rumo ao reino do Cocho foi feita pelo Bramaputra, ou por algum dos seus afluentes, rio acima, presume-se, numa embarcação de tamanho considerável. É que os padres levavam com eles objectos…
Bengala e o Reino do Dragão – 7
Os dingis do Buriganga Os quase quinze milhões de habitantes de Daca são, por si só, sinónimo de alta probabilidade de incidência de descontentes, daí que nas congestionadas ruas desta cidade seja comum cruzarmo-nos com manifestantes de muitos e variados…
Bengala e o Reino do Dragão – 6
O testemunho de Manrique Sebastião Manrique, missionário agostinho e viajante português, visitou Daca em Setembro de 1640 e ali se demorou cerca de vinte e sete dias. Segundo ele, a cidade estendia-se ao longo do rio Buriganga por mais de…
Bengala e o Reino do Dragão – 5
A frenética babel de Daca Daca recebe-nos, logo à saída do aeroporto internacional de Hazrat Shah Jalal, como só ela sabe receber. Com um trânsito infernal, misto de riquexós a pedal ou motorizados, um dos quais verdadeira gaiola para transporte…
Bengala e o Reino do Dragão – 4
O cristão de São Tomé Para minha surpresa constato que, em Hugli, há quem esteja ao corrente de alguns dos aspectos ligados à saga dos jesuítas João Cabral e Estêvão Cacela. É o caso do pároco local Toni Keli, originário…
Reflexão sobre vários patrimónios
Valmor e outras arquitecturas. Quando morreu, em 1898, Fausto de Queiroz Guedes, visconde de Valmor, mal imaginava quantas viriam a ser as interpretações dadas ao galardão que ele acabara de instituir para o futuro, assim expresso no seu testamento: “Deixo…
Bengala e o Reino do Dragão – 2
O porto pequeno de Satgaon Tomé Pires e Duarte Barbosa são os primeiros a dar-nos notícias dos reinos de Bengala povoados por “gente de peleja e de trato”, ou seja, guerreiros e mercadores, chamando desde logo a atenção para riquezas…
Bengala e o Reino do Dragão – 1
De Cochim a Bengala Pequena e enigmática monarquia budista, o Butão emerge como entidade política e social no início do século XVII, numa altura em que os jesuítas portugueses devassavam faldas, vales e cumes da cadeia dos Himalaias em busca…
Fora do Baralho
Duas viagens no meus país A primeira viagem é a Rio de Onor, aldeia raiana de fortes laços comunitários. É hoje uma espécie de local de romaria para ambientalistas, os pretensos e os outros. Apesar de integrar o Parque Natural…