Vaticano

Papa denuncia discriminação das mulheres

O Papa denunciou no seu quinto vídeo com intenções de oração a discriminação das mulheres em todo o mundo, evocando em particular as vítimas de violência sexual e escravidão.

«Devemos condenar a violência sexual que as mulheres sofrem e eliminar os obstáculos que impedem a sua inserção plena na vida social, política e económica», refere Francisco, numa intervenção divulgada através do YouTube pelo Apostolado da Oração, a rede mundial que divulga as intenções propostas pelo pontífice.

O Papa sustenta que não é «suficiente» reconhecer o contributo das mulheres «em todas as áreas do agir humano, a começar pela família».

«Temos feito muito pouco pelas mulheres que se encontram em situações muito duras, desprezadas, marginalizadas e até reduzidas à escravidão», lamenta.

“O Vídeo do Papa” é uma plataforma lançada pela Rede Mundial de Oração do Papa – Apostolado da Oração (AO), da Companhia de Jesus, através da qual Francisco convida homens e mulheres do mundo inteiro a unir-se às suas intenções.

O vídeo é também disponibilizado na rede social facebook, em www.facebook.com/ovideodopapa, com outras informações sobre esta iniciativa e interacção com a comunidade que a integra.

De acordo com o AO, estima-se que façam parte da Rede Mundial de Oração do Papa mais de 30 milhões de pessoas, em dez idiomas.

“O Vídeo do Papa” foi idealizado e realizado pela agência La Machi, Consultora de Comunicação para Boas Causas, e conta com o apoio do AO-Portugal.

Todos os meses, o Papa confia duas intenções de oração: uma universal, com temáticas que apelam a todos os homens e mulheres de boa vontade; e outra pela evangelização, mais centrada na vida da Igreja e na sua missão.

«Se consideras que isto é justo, faz este pedido comigo: para que, em todos os países do mundo, as mulheres sejam honradas e respeitadas, e seja valorizada a sua imprescindível contribuição social», pede Francisco, neste mês de Maio.

 

Perseguição

O Papa Francisco recordou, na passada segunda-feira, as perseguições que levam os cristãos «à prisão e até a dar a vida» por causa da sua fé.

«O cristão dá testemunho, ajudado pelo Espírito, na sua vida quotidiana, com o seu modo de agir, mas muitas vezes este testemunho provoca ataques, provoca perseguições», referiu, na homilia da missa a que presidiu na Capela da Casa de Santa Marta.

Francisco disse que o Espírito Santo que faz «conhecer Jesus» é o mesmo que «impele» cada pessoa a torná-lo conhecido, não tanto com palavras mas com o «testemunho de vida».

O Papa observou ainda que o cristão testemunha que «o Senhor vive, ressuscitou» e está «entre» as pessoas.

«O Espírito dá testemunho de Jesus. E todas as vezes que nós sentimos no coração algo que nos aproxima de Jesus, é o Espírito que trabalha dentro de nós», acrescentou.

O Papa argentino, no final da homilia, observou que «é bom pedir ao Espírito Santo» que vá ao coração de cada pessoa para dar testemunho de Jesus.

«Faz-me lembrar o que Jesus disse e fez, e ajuda-me a testemunhar estas coisas. Que a mundanidade, as coisas fáceis, as coisas que vem do pai da mentira, do príncipe deste mundo, o pecado, não me distanciem do testemunho», concluiu, numa intervenção divulgada pela Rádio Vaticano.

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