FÓRUM VIRTUAL TEM JENNY GUAN COMO ORADORA

FÓRUM VIRTUAL TEM JENNY GUAN COMO ORADORA

Grande Baía: Instituto Ricci discute responsabilidade social

O Instituto Ricci de Macau (IRM) promove ao final da tarde do dia 29 de Setembro um fórum virtual sobre a avaliação e a divulgação das práticas de Responsabilidade Social Corporativa na área da Grande Baía. A iniciativa tem como oradora principal a presidente do Instituto de Macau para a Responsabilidade Social das Organizações na Grande China, Jenny Guan, sendo o principal enfoque os ambientes institucionais e o que poderá mudar nas práticas de Responsabilidade Social Corporativa com uma aposta, cada vez mais inequívoca, das empresas do território na área da Grande Baía.

A forma como são utilizados os recursos limitados das empresas e como são escolhidos os destinatários das práticas de Responsabilidade Social Corporativa tornaram-se uma prioridade, tanto para as entidades privadas como para as autoridades reguladoras. A Responsabilidade Social Corporativa – o contributo voluntário das empresas para o desenvolvimento sustentável que vai para além dos requisitos legais – é indissociável da ideia de ética empresarial e num cenário de oportunidades acrescidas, como é a Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, é importante garantir que os relatórios relativos às práticas de Responsabilidade Social Corporativa sejam o mais transparentes e fidedignos possível, defende o padre Stephan Rothlin, director do Instituto Ricci de Macau: «Tenho vindo a promover a ética empresarial e a Responsabilidade Social Corporativa em Macau e em Pequim desde o ano 2000. Um aspecto-chave do desenvolvimento da ética empresarial e de uma conduta de negócios são os relatórios relativos à Responsabilidade Social Corporativa. Até há alguns anos estes relatórios eram frequentemente usados como instrumentos para lavar a imagem, como golpes de relações públicas. Eram pouco mais de palavras soltas ao vento, ao mesmo tempo que essas empresas continuavam a violar os direitos laborais, a poluir o ar, o solo e a água».

O panorama tem vindo gradualmente a mudar na China e Macau pode ficar a ganhar com tais mudanças, sustenta o padre Rothlin. O director do IRM acredita que o território pode ocupar um papel de liderança na promoção de práticas de Responsabilidade Social Corporativa mais transparentes e mais sustentáveis. «Os consumidores querem saber sobre que tipo de condições concretas certos produtos são produzidos e mostraram-se indignados quando perceberam que há trabalhadores a ser explorados e medidas de segurança a serem ignoradas. Os progressos genuínos com os relatórios de Responsabilidade Social Corporativa que foram registados na província de Cantão podem ter um efeito benéfico em Macau», sublinha. «Macau tem mesmo o potencial para se tornar líder de mercado no que toca aos relatórios de Responsabilidade Social Corporativa. A razão para tal é precisamente porque Macau tem instituições de solidariedade impressionantes como a Cáritas e a Santa Casa de Misericórdia, que remonta quase à fundação de Macau e à primeira geração de jesuítas que cuidavam em particular de pessoas vulneráveis, como os órfãos, os deficientes, as viúvas e outras pessoas que viam os seus direitos facilmente violados. Uma tal dimensão ética corre o risco de ser facilmente ignorado por entre a corrupção e uma competição tão feroz», conclui o director do Instituto Ricci de Macau.

M.C.

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