Sair do sofá
Em 2016, o Papa Francisco pediu em Cracóvia aos jovens que saíssem do sofá e cumprissem a missão que Jesus e a Igreja esperam deles.
Agora, que está iminente o começo da JMJ em Lisboa, penso que todos temos de ouvir estas palavras como dirigidas a nós próprios e de saber “abandonar” os sofás em que muitas vezes nos “aburguesamos”.
Não actuaram assim aqueles que nos precederam!
É preciso sair do sofá e aproveitar este momento único na nossa história para experimentar que, apesar de alguns velhos do Restelo apregoarem o contrário, a Igreja está viva e é consciente da missão que lhe foi confiada por Deus: levar a todos, sem excepção, a boa nova da salvação.
Nos Séculos XV e XVI, muitos jovens partiram de Portugal rumo a mundos desconhecidos com o objectivo de partilhar a sua experiência de Jesus com outros povos e nações, diz o Papa na Mensagem que escreveu para a JMJ de Lisboa. E em 1917, Nossa Senhora veio a este pequeno quintal à beira-mar plantado enviar a todo o mundo uma mensagem forte e maravilhosa do Amor de Deus que nos chama à conversão e à verdadeira liberdade.
Quantas pessoas, por ignorância, não vivem de acordo com a liberdade que Jesus nos conquistou e permanecem presas ao que é passageiro que nunca lhes encherá o coração! Vivem sem Deus e, por isso, não vivem livres. Por muito que aparentem uma “liberdade” que muitas vezes os leva ao desespero.
Espírito Santo: acende nos nossos corações o desejo de nos levantarmos e a alegria de caminhar nesta vida com os olhos postos na eternidade. O tempo para nos levantarmos é agora, diz o Papa. E, como Maria, levemos Jesus dentro de nós (na nossa alma em graça) para O comunicar a todos aqueles que se cruzam connosco nos caminhos da vida.
Neste maravilhoso momento da nossa vida, que é viver uma Jornada Mundial da Juventude, não deixemos de ouvir a Voz do Espírito Santo e seguir as suas inspirações.
Pe. Rodrigo Lynce de Faria (*)
Doutor em Teologia