Doutora da Igreja e Padroeira das Missões
A Igreja Católica celebra amanhã, 1 de Outubro, a Santa Teresa de Lisieux. O Papa Bento XVI, numa audiência em Abril de 2011, falou sobre Teresa, conhecida por Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face. O Pontífice recordou que viveu neste mundo apenas 24 anos, no final do Século XIX, tendo levado uma vida muito simples e recolhida. Foi após a sua morte, com a publicação dos seus escritos, que se tornou numa das santas mais conhecidas e amadas. Bento XVI lembrou que a «pequena Teresa» nunca deixou de ajudar as almas mais simples, os pequeninos, os pobres e os sofredores que a ela recorrem, tendo iluminado também toda a Igreja com a sua profunda doutrina espiritual, a ponto do Papa João Paulo II, em 1997, lhe ter atribuído o título de Doutora da Igreja; para além do título de Padroeira das Missões, que já lhe havia sido atribuído por Pio XI, em 1927.
A sua essência, que vê resplandecer no amor toda a verdade da fé, Teresa expressa-a principalmente na narração da sua vida, publicada um ano depois da sua morte com o título “História de uma alma”. Segundo Bento XVI, «trata-se de um livro que teve imediatamente um grande sucesso, foi traduzido em muitas línguas e difundido em todo o mundo. Gostaria de vos convidar a redescobrir este pequeno-grande tesouro. (…)História de uma alma é uma história maravilhosa de Amor. (…)Mas qual é este Amor que encheu toda a vida de Teresa, desde a infância até à morte? Queridos amigos, este Amor tem um Rosto, tem um Nome, é Jesus!».
Teresa nasceu a 2 de Janeiro de 1873, em Alençon, uma cidade da Normandia, em França. É a última filha de Luís e Zélia Martin, esposos e pais exemplares, canonizados pelo Papa Francisco em Outubro de 2015. Tiveram nove filhos, sendo que quatro morreram em tenra idade. Permaneceram as cinco filhas, que se tornaram religiosas. Teresa, com quatro anos, ficou profundamente abalada com a morte da mãe. Então, o pai transferiu-se com as filhas para a cidade de Lisieux, onde se desenvolverá toda a vida da Santa. Mais tarde, Teresa, atingida por uma grave doença nervosa, sarou por graça divina, que ela própria define pelo “milagroso sorriso de Nossa Senhora”, a ela dirigido ao olhar uma imagem da Virgem no seu leito.
Depois da Primeira Comunhão, intensamente vivida, pôs Jesus Eucarístico no centro da sua existência.
Teresinha vive uma profunda experiência de Natal, colocando o Menino Jesus como doador de uma “total conversão”, aos treze anos de idade. Este facto foi tão importante a ponto de levá-la a assumir o nome de Teresinha do Menino Jesus.
Ao entrar muito jovem no Carmelo de Lisieux – com apenas quinze anos e com autorização do Papa Leão XIII –, dedicou-se a rezar pela conversão das almas e pelos sacerdotes. Porém, trazia no seu coração o grande desejo de ser missionária, queria anunciar o Evangelho aos cinco continentes até que descobriu no amor um caminho de perfeição. Com Maria ao lado da Cruz de Jesus, Teresa vive então a fé mais heroica, como luz nas trevas que lhe invadem a alma.
Viria a falecer na noite de 30 de Setembro de 1897, pronunciando estas simples palavras: “Meu Deus, amo-Te!”, com o Crucifixo nas mãos.
Santa Teresinha do Menino Jesus, rogai por nós!
Miguel Augusto com Libreria Editrice Vaticana