USJ cria novo laboratório na cidade do Porto

NEUROCIÊNCIA INVESTIGA COVID PROLONGADA NO BRASIL

USJ cria novo laboratório na cidade do Porto

A Universidade de São José associou-se à Universidade Católica Portuguesa e vai criar, na cidade do Porto, um segundo laboratório de neurociências aplicadas. O investimento tem como objetivo tirar proveito do maior volume de capacidade crítica existente em Portugal.

Depois de Macau, o Porto. A Universidade de São José (USJ) vai avançar para a criação de um segundo laboratório de investigação no campo das neurociências aplicadas, desta feita em colaboração com o núcleo da Universidade Católica do Porto (UCP – Porto).

As duas instituições de Ensino Superior, revelou Alexandre Lobo à margem da cerimónia de inauguração do laboratório de neurociências aplicadas da USJ, assinaram recentemente um memorando de entendimento que prevê a criação, no Porto, de um “laboratório-irmão”. Ainda sem datas de abertura prevista, as novas valências no Norte de Portugal oferecem à USJ a possibilidade de explorar o maior volume de “massa crítica” disponível na Universidade portuguesa. Em troca, o Laboratório de Neurociências Aplicadas da USJ garante a transferência de conhecimento e tecnologia para o novo centro de investigação, do qual se prefigura como co-fundador.

Mas as parcerias entre a Universidade Católica Portuguesa e a sua congénere na RAEM não se ficam por aí. As duas entidades estão a avaliar a criação de um curso de pós-gradução na área do Neuromarketing, um domínio que – de acordo com o director do Laboratório de Neurociências Aplicadas – ainda não se impôs do ponto de vista da oferta académica, mas que é cada vez mais alvo de grande procura.

Inaugurado na semana passada, a estrutura de investigação está já há vários meses a investigar o impacto, em termos de “stress”, que as aulas têm sobre as crianças que frequentam as escolas tradicionais chinesas. Com um forte foco na memorização e nos resultados dos exames, o funcionamento das escolas chinesas é um dos aspectos que o novo laboratório tem vindo a dissecar ao longo dos últimos meses.

A curto prazo, o Laboratório quer, com o recurso a tecnologia de ponta facultada pela “startup” portuguesa Virtuleap, conceber um modelo de análise mais rigoroso em relação aos resultados de diferentes tipos de aulas de Chinês para falantes estrangeiros, bem como promover ferramentas que ajudem a gerir aspectos como a falta de concentração, o défice de atenção e a hiperactividade.

A uma outra escala, o laboratório liderado por Alexandre Lobo vai investigar o potencial recurso às neurociências aplicadas para ajudar doentes que sofrem de Covid-19 no Brasil.

A Organização Mundial de Saúde estima que 145 milhões de pessoas em todo o mundo apresentem sintomas de Covid-19 prolongada nos dois anos após o momento em que contraíram a doença. Entre os sintomas estão fadiga com dor no corpo, alterações de humor, problemas cognitivos e falta de ar.

M.C.

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