Papa defende crianças por nascer

VATICANO

Papa defende crianças por nascer

O Papa apelou, na passada quarta-feira, no Vaticano, à defesa das crianças por nascer, associando-se a uma iniciativa da fundação polaca “Sim à vida”.

«Abençoai os sinos que se chamam “A voz do nascituro”. Têm como destino o Equador e a Ucrânia. Que sejam para essas nações e para todos um sinal de compromisso, em favor da defesa da vida humana desde a concepção até à morte natural», disse durante a audiência pública semanal, que decorreu no Auditório Paulo VI.

Francisco deixou votos de que estes sinos «anunciem ao mundo o “Evangelho da vida”, despertando a consciência dos homens e a memória dos nascituros», tendo acrescentado: «Confio à vossa oração cada criança concebida, cuja vida é sagrada e inviolável».

A catequese semanal prosseguiu o ciclo de reflexões sobre a Carta de São Paulo aos Gálatas, sublinhando a centralidade da pessoa de Jesus na fé cristã: «Ainda hoje, muitos procuram seguranças religiosas em vez do Deus vivo e verdadeiro, concentrando-se em rituais e preceitos em vez de abraçar o Deus do amor com todo o seu ser. Esta é a tentação dos novos fundamentalistas».

O Papa falou da «liberdade» do Espírito Santo que muda o coração de cada católico e «guia a Igreja», para lá de «mandamentos e preceitos».

«A beleza da fé em Jesus Cristo não pode ser apreendida com base em demasiados mandamentos e numa visão moral que, desenvolvendo-se em muitas correntes, pode fazer-nos esquecer a fecundidade original do amor», apontou também, questionando de seguida o que chamou de «burocracia» na celebração dos Sacramentos, que «impede o acesso à graça do Espírito, autor da conversão do coração».

No encontro voltou a saudar os peregrinos de língua portuguesa, o que é já um hábito neste pontificado: «Quando o Filho de Deus veio para o meio de nós, encontrou disponível o coração da Virgem Imaculada. Ela vivia como todas as mulheres do seu tempo, mas, na vida simples de cada dia, estava à disposição do Senhor. Peçamos ao Espírito Santo o dom da docilidade à vontade de Deus».

A concluir, o Papa assinalou ainda o final do mês missionário, que se celebra em Outubro: «Por intercessão da Bem-aventurada Nossa Senhora do Rosário, pedimos a graça de sermos habitados pelo Espírito de amor, paz e alegria, para fazer nossas as alegrias e sofrimentos, desejos e anseios da humanidade».

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