o regresso de anglicanos

VATICANO

Há novas normas para o regresso de anglicanos à Igreja Católica

O Papa Francisco aprovou, na passada terça-feira, uma nova versão revista das normas complementares da Constituição Apostólica “Anglicanorum Coetibus”, que abre aos fiéis anglicanos a possibilidade de regressarem à Igreja Católica, dez anos depois da sua promulgação, inserindo novos parágrafos.

O sítio “Vatican News” informa que a actualização “tornou-se necessária depois de uma fase de adaptação” e foram recebidas algumas sugestões e algumas indicações teológicas, de direito canónico e ecuménicas, para “tornar a aplicação das normas mais coerente com o espírito da Constituição Apostólica”.

A versão aprovada pelo Papa Francisco, e publicada na  sala de imprensa da Santa Sé, está assinada pelos responsáveis da Congregação para a Doutrina da Fé, o cardeal Luís Ladaria Ferrer e o seu secretário, arcebispo Giacomo Morandi.

A Constituição Apostólica “Anglicanorum Coetibus”, do agora Papa emérito Bento XVI, foi publicada a 4 de Novembro de 2009, após cuidadosa consulta com a Conferência Episcopal de Inglaterra e País de Gales, e estes dez anos permitiram “focar a atenção em certos aspectos para tornar a sua implementação mais fiel, inserindo novos parágrafos no texto”.

Em Novembro, uma conferência internacional vai fazer um balanço desta década na Universidade Pontifícia Gregoriana, adianta o “Vatican News”.

Com a “Anglicanorum Coetibus” foi fornecida uma normativa geral para a instituição e a vida de ordinariatos pessoais para os fiéis anglicanos que desejavam plena comunhão com a Igreja Católica e, actualmente, existem três: Nossa Senhora de Walsingham – nome do mais importante santuário mariano inglês partilhado por católicos e anglicanos, na Inglaterra (15 de Janeiro de 2011), Cátedra de São Pedro, nos Estados Unidos, e Nossa Senhora da Cruz do Sul, na Austrália.

As principais divisões entre as Igrejas cristãs ocorreram no século V, depois dos Concílios de Éfeso e de Calcedónia (Igreja copta, do Egipto, entre outras); no século XI com a cisão entre o Ocidente e o Oriente (Igrejas ortodoxas); no século XVI, com a Reforma Protestante e, posteriormente, a separação da Igreja de Inglaterra.

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