Um impulso à internacionalização pós-Covid
«É uma grande honra assumir esta posição de liderança à frente de um contingente de quase uma centena de colégios e universidades católicas no continente asiático». Foi desta forma que o vice-reitor da Universidade de São José (USJ) se referiu à eleição da instituição para o Secretariado Executivo da ASEACCU, a Associação dos Colégios e das Universidades Católicas do Sudeste Asiático.
A USJ foi eleita para a liderança do braço asiático da Federação Internacional de Universidades Católicas no final de Agosto, durante a 28.ª Assembleia Geral da organização. O certame, que reuniu na capital cambojana, Phnom Penh, os representantes de cerca de uma centena de instituições de ensino de matriz católicas, serviu para que a rede asiática de universidades católicas discutisse conceitos como memória e identidade e elegesse os novos corpos directivos para o triénio que termina no final de Agosto de 2025. A escolha para a liderança executiva da Associação recaiu, por unanimidade, na Universidade de São José. «Os nossos colegas tiveram a gentileza de entender que a USJ estaria bem posicionada para avançar para o Secretariado para o próximo mandato de três anos. Temos agora a presidência para gerir a Associação, para exercer a liderança desta associação asiática durante o próximo mandato», explicou Álvaro Barbosa, vice-reitor da Universidade de São José, em declarações a’O CLARIM: «Vimos os membros da Associação depositar em nós essa confiança de forma unânime durante a conferência que se realizou no Camboja. Temos uma boa relação de trabalho com eles pelo que acharam que era oportuno que esta representação fosse dada à China, uma vez que a Universidade de São José é a única universidade católica que representa a China».
A eleição para a direcção executiva da Associação dos Colégios e das Universidades Católicas do Sudeste Asiático, no entender de Álvaro Barbosa, constitui ao mesmo tempo uma responsabilidade e uma oportunidade. A posição de liderança que a USJ exerce desde o início do mês deverá permitir que reforce os pressupostos de internacionalização, depois de dois anos difíceis sob o espectro da pandemia de Covid-19. «Para a Universidade é muito importante porque ajuda a posicionarmo-nos na nossa rede natural a nível internacional, que é a rede das universidades católicas e obriga-nos também a tomar uma posição de liderança num conjunto de perto de cem universidades regionais, o que também nos obriga, depois de ultrapassado este cenário de Covid-19, a reposicionarmo-nos numa postura de internacionalização que esteve um bocado adormecida nos últimos dois anos. Como sabemos, ao longo dos últimos dois anos Macau e a China têm olhado para dentro quase exclusivamente», recordou Álvaro Barbosa.
Na liderança executiva da ASEACCU há menos de duas semanas, a Universidade de São José está já a preparar a próxima reunião magna da organização. O encontro deverá realizar-se no próximo ano em Baguio, nas Filipinas, e discutir questões como a sustentabilidade ambiental e a posição da Igreja face aos desafios com que se depara o planeta.
Marco Carvalho