Uma vida de sucesso

Um alinhamento entre o que somos e o que fazemos

Fala-se muito de sucesso, de ser alguém na vida. Mas o quer isso dizer? Que critérios e medidas tomamos para obter sucesso na vida? Fomos saber como vêem os jovens na generalidade o sucesso e deixamos algumas dicas para um futuro mais satisfatório.

Queremos o melhor para os nossos filhos? Sem dúvida. No entanto, esse melhor é baseado em que critérios? Sabemos que eles são bombardeados pelos meios de comunicação social com exemplos de vidas vazias mas socialmente valorizadas pela “fama”, pelo dinheiro recebido e pelo estilo de vida de luxo. Acresce ainda, muitas vezes, que a essas vidas estão aliados comportamentos de risco e pouco úteis para uma vida verdadeiramente satisfatória. E é isso que é alimentado, como ideia de sucesso, sistematicamente, nas redes sociais e na popularidade de certos jovens na escola. Mas será isso o mais importante para os nossos adolescentes? A tentação comum é construirmos a vida de fora para dentro para que esta tenha um sentido através de expectativas e critérios externos.

Nesta fase da adolescência há que decidir (pode já estar decidido) o que vão fazer das suas vidas e preparar o caminho em direcção a esse sonho. Para termos seres que no futuro se sintam realizados e felizes, esta fase é realmente importante. Tal como disse Confúcio: «Escolha um trabalho que ame e não terá de trabalhar um único dia da sua vida». Sim, porque há ocupações, tarefas e actividades que fazemos que “dão trabalho”, mas que é superado pelo prazer que nos dão.

Se o seu filho não sabe qual o seu talento, aquele que deve explorar e desenvolver, obrigatoriamente, como nos diz a parábola dos talentos do Evangelho de Mateus capítulo 25, poderá ajudá-lo. De facto, temos dentro de nós algo original e único e que desenvolvido nos define e distingue. E se nos deram uma semente, não será compensatório devolver um jardim?

Para ajudar o seu filho a descobrir o seu talento pode, como exemplo, observar em que circunstancias ele se sente melhor e donde vêm os elogios. Reunindo esse conhecimento, pode explorar com ele o que há em comum nessas circunstancias e que analisadas e agrupadas podem resultar numa forma de vida futura. Descobrindo algumas hipóteses de profissão futura, tendo em conta as aptidões do seu filho, pode explorar com ele algumas questões. Pode perguntar-lhe: quando pensas no teu futuro e nesta profissão em concreto, o que pensas, sentes ou imaginas? Escolhendo uma profissão, é de grande utilidade saber o caminho a percorrer. Que competências já tenho para este objectivo de vida a que me proponho? Quais as que ainda preciso de trabalhar? A constatação de que nos falta alguma competência é um ponto muitas vezes de desmotivação e de desistência dos sonhos. No entanto, esse ponto é preciso ser reconhecido como competências a trabalhar para serem adquiridas, assim como os que já temos são pontos de reconhecimento para estimular e motivar a persistência.

Pode também, juntamente com o seu filho, ajudá-lo a definir tarefas que contribuam para o desenvolvimento das capacidades que serão úteis no futuro, sejam elas de carácter mais geral (disciplina, persistência…) ou mais específico (quer ser pintor? Coloque-o num curso de pintura ou encomende-lhe um quadro para a sua sala, por exemplo). E há um pequeno truque que poderá usar sempre que queira acrescentar um novo hábito à sua vida. Crie uma âncora, ou seja, escolha um objecto que ajude o seu cérebro a lembrar-se da escolha que fez e que é importante para si.

 Isabel Figueiras 

Família Cristã

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