Terra Santa

Vaticano apela à solidariedade com os cristãos

O Vaticano exortou os católicos, na passada segunda-feira, a expressarem a sua solidariedade para com as comunidades cristãs do Médio Oriente, na colecta anual de Sexta-feira Santa, a 30 de Março.

“Não podemos esquecer milhares de famílias, entre as quais crianças e jovens, que escapam da guerra na Síria e no Iraque”, refere o apelo lançado pela Congregação para as Igrejas Orientais (Santa Sé).

A carta aos bispos de todo o mundo é assinada pelo cardeal D. Leonardo Sandri e pelo arcebispo D. Cyril Vasil, respectivamente prefeito e secretário do dicastério.

“Muitos cristãos iraquianos e sírios desejam regressar à sua própria terra, onde as suas casas foram destruídas, onde escolas, hospitais e igrejas foram devastadas. Não os deixemos sós!”, pede a Santa Sé.

Este ano, de modo especial, o cardeal Sandri recorda obras em curso em duas basílicas: a da Natividade, em Belém, construída sobre a gruta onde nasceu Jesus; e a do Santo Sepulcro, em Jerusalém, construída sobre o túmulo de Cristo.

“Edificar a Igreja da Terra Santa, nos seus edifícios e nas suas pedras vivas, que são os fiéis cristãos, é responsabilidade de toda a Igreja Cristã particular, conscientes de que a fé cristã teve como seu primeiro centro propulsor a Igreja Mãe de Jerusalém”, pode ler-se na missiva divulgada pela Sala de Imprensa da Santa Sé.

Os cristãos que beneficiam desta ajuda vivem em Israel, Palestina, Jordânia, Síria, Líbano, Turquia, Iraque, Irão, Egipto, Etiópia, Eritreia e Chipre.

D. Leonardo Sandri evoca o “grito de milhares de pessoas que se encontram privadas de tudo, até ao limite da própria dignidade de homens”.

O prefeito da Congregação para as Igrejas Orientas encoraja ainda ao regresso das peregrinações à Terra Santa, uma ajuda na sobrevivência de milhares de famílias.

A Igreja Católica promove anualmente uma recolha de donativos para as comunidades que vivem na Terra Santa e para a manutenção dos lugares ligados à vida de Jesus e ao início do Cristianismo.

A preservação da memória dos chamados Lugares Santos, que está confiada à Custódia franciscana, passa pela preservação dos vários monumentos que assinalam a ligação dos espaços a Jesus e os apóstolos, mas sobretudo pelo apoio às actuais comunidades cristãs – uma minoria entre muçulmanos e judeus na Palestina e Israel – que vivem situações difíceis.

In ECCLESIA

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