O último livro que li…
“A literatura não muda o mundo, quem muda o mundo são as pessoas, mas a literatura muda as pessoas”.
Benjamim era um pároco de “carácter apaixonado” e “ultra-radical”, mas verteu “lágrimas amargas” pois sentiu-se a anos-luz de realizar o seu sonho – ser um padre santo no meio das suas ovelhas.
Deslizes verbais e não só, caprichos e provocações oriundas de “católicos sociológicos” muito ao estilo dos anos setenta, em clima de pseudo liberdade pós-Concílio Vaticano II, em que os “sinais exteriores de sacerdócio” provocavam uma paragem cardíaca, eram uma constante no quotidiano deste (des)aventurado cura.
Um dia, em desespero, o padre foge, não pode mais, prefere desaparecer. Mistério! Terá ido só? Ou bem acompanhado? Haverá negócios? Mulheres? E para onde? “Todas as hipóteses são viáveis, pois a alma humana é insondável”.
Foi um “tsunami” alimentado pelas “fantasias dos jornalistas, verdadeiros predadores mediáticos”, porém, enquanto o “diabo esfrega as mãos”, surgiu uma “voz do Além” e a “Graça ditará a sua última palavra”.
Escrito por Jean Mercier, com muito humor e amor, “SENHOR BISPO, O PÁROCO FUGIU” é um romance envolvente e fascinante, que nos pode ajudar a compreender e a aperfeiçoar as relações humanas.
Susana Mexia