Universidade Católica abre curso de Medicina
A reitora da Universidade Católica Portuguesa disse à agência Ecclesia que tem «garantias muito sólidas» para conclui o processo de abertura de um curso de Medicina, com um «projeto académico diferenciador» e centrado na «defesa inabalável da vida».
Isabel Capeloa Gil não diz que o processo esteja «concluído dentro de um ano», mas afirmou estar determinada em concretizar o projeto, que «tem trinta anos», de abrir um curso de Medicina na Universidade Católica Portuguesa (UCP), o primeiro numa universidade não estatal.
«A defesa de um modelo de medicina católico, centrado na defesa inabalável da vida é algo que é essencial ao desenvolvimento das grandes universidades católicas», sublinhou a reitora da UCP.
Isabel Capeloa Gil adiantou que o «projeto académico teria de ser diferenciador» e é necessário garantir o suporte financeiro que o curso de Medicina exige.
«O modelo que está agora a ser implementado consegue conciliar estas duas dimensões e em breve daremos notícias felizes para todos os que desejam ver um curso de Medicina católico em Portugal», acrescentou.
Isabel Capeloa Gil apontou as prioridades para o mandato que agora inicia como reitora da UCP e disse que o curso de Teologia é «nodal» para a Universidade Católica.
Para a responsável pela UCP, a Teologia «é uma área viva», que a universidade vai «cultivar e desenvolver na intercessão com outras Faculdades» e, como noutras áreas do saber, é «absolutamente internacionalizável e há passos que estão a ser dados de forma muito ambiciosa nesse sentido».
Isabel Capeloa Gil disse que a Teologia «não é só uma área para a formação de sacerdotes» e recordou o trabalho que desenvolveu, enquanto vice-reitora da UCP no mandato que agora terminou para que fosse reconhecida como «ciência» pelas fundações de fomento à investigação.
«Portugal e França eram – agora é só a França – os únicos países europeus onde a teologia não era considerada nas fundações de fomento à investigação. Os projetos teológicos eram apresentados em Filosofia. E essa situação alterou-se», lembrou.
Isabel Capeloa Gil referiu uma das «lutas» que travou junto da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) foi pelo reconhecimento da Teologia «avaliáveis e mensuráveis» pela fundação, o que conseguiu.