MISSA NA CASA DE SANTA MARTA COM TRANSMISSÃO “ONLINE” DURANTE EPIDEMIA DO COVID-19
O Papa recordou esta semana os reclusos afectados pela crise do Covid-19 e evocou os cristãos perseguidos em todo o mundo, em particular o caso da paquistanesa Asia Bibi.
Antes de dar início à celebração da Missa na Capela da Casa de Santa Marta, Francisco convidou a «rezar pelos doentes».
«Hoje, de uma maneira especial, gostaria de rezar pelos reclusos, os nossos irmãos e irmãs presos. Eles sofrem e devemos estar próximos deles em oração, para que o Senhor possa ajudá-los, consolá-los neste momento difícil», pediu o Pontífice.
As mortes pelo Covid-19 em Itália superam as 630, num total superior a dez mil contagiados.
Na sua homilia, o Papa apresentou uma reflexão sobre Satanás e a luta entre o bem e o mal: «Pensemos nas perseguições de tantos santos, de tantos cristãos que não[apenas]os matam, mas também os fazem sofrer e tentam humilhá-los até ao fim».
«É assim até hoje, na Igreja. Pensemos em muitos cristãos, como são cruelmente perseguidos. Nestes dias, os jornais falavam de Asia Bibi: nove anos de prisão, sofrendo. É a fúria do diabo», concluiu.
A cristã paquistanesa, que foi condenada à morte por alegada blasfémia, acabaria por ser libertada, após uma campanha internacional de pressão sobre as autoridades do País, que incluiu intervenções do Papa Francisco.
Asia Bibi goza do estatuto de refugiada no Canadá, até final deste ano.
OPUS DEI CONTESTA PAN
Entretanto, em Portugal, o vigário regional do Opus Dei no País, monsenhor José Rafael Espírito Santo, publicou um documento sobre um Projecto de Lei do Partido Pessoas–Animais–Natureza (PAN), em que a prelatura católica é associada a uma cultura de “secretismo”.
No contributo escrito a propósito do Projeto de Lei sobre transparência nos cargos políticos, o responsável lamenta que sejam dirigidas contra o Opus Dei “insinuações” que classifica como falsas.
“O Opus Dei não exige promessas de fidelidade que afectem a actuação profissional e política, nem há secretismo seja na sua natureza, na finalidade ou na actuação. Qualquer pretensão de abranger o Opus Dei neste artigo constituiria uma acusação grave, não respeitadora da verdade nem da realidade jurídica”, pode ler-se.
A iniciativa do PAN é justificada pelo partido com a necessidade de “assegurar um princípio de transparência perante os cidadãos, garantir uma eficaz identificação de conflitos de interesses e contribuir para dignificação e credibilização da imagem dos titulares de cargos políticos”.
In ECCLESIA