Adeus ao patrono das religiões.
O falecimento do rei Bhumibol Adulyadej provocou as mais variadas reacções em todo o mundo, sucedendo-se as mensagens de condolências, entre as quais a do Papa Francisco.
«Estou profundamente triste por me chegar ao conhecimento o falecimento de Sua Majestade Rei Bhumibol Adulyadej. Estendo as minhas mais sentidas condolências aos membros da Família Real e a todas as pessoas do Reino por este triste momento», referiu o Sumo Pontífice na mensagem do dia 14 de Outubro.
«Rezo para que, como tributo ao legado do falecido Rei da sabedoria, força e fidelidade, todos os tailandeses possam trabalhar juntos para promover o caminho da paz, e invoco de bom grado o consolo das bênçãos divinas sobre todos os que choram a sua morte», acrescentou.
Em declarações a’O CLARIM o ex-alto funcionário da Casa Real tailandesa, Chira Sirisambhand, lembrou a ligação e abertura do soberano para com a Igreja Católica: «Sua Majestade foi sempre o patrono de todas as religiões na Tailândia. A Igreja Católica e o estabelecimento têm um lugar especial. Durante a sua menoridade frequentou a Escola Mater Dei em Banguecoque, gerida pelas Irmãs Ursulinas».
«Participou e apoiou sempre várias actividades católicas. Durante o seu reinando agraciou também a abertura de escolas católica e eventos. A Igreja Católica tem preparadas muitas homenagens para marcar esta triste ocasião», explicou.
De igual modo, disse que «a Tailândia vai seguir em frente» e que «devido ao período de um ano de luto nada irá acontecer por respeito» ao falecido monarca. «Felizmente, com o Governo militar no poder a segurança e a estabilidade devem estar asseguradas. Sua Majestade também foi uma força de estabilidade e unidade para a Tailândia, que terá de esperar e ver o que irá acontecer no futuro», frisou Sirisambhand.
As virtudes de Bhumibol Adulyadej foram também enaltecidas pelo historiador tailandês Bidya Sriwattanasarn. «Foi um dos maiores reis do mundo. Merecia ser chamado “Rei do Desenvolvimento” por causa dos longos horários de agitado trabalho, iniciando mais de quatro mil projectos reais para as pessoas pobres do País. Foi também sempre a alma do País», vincou a’O CLARIM.
Pedro Daniel Oliveira