Maria Barroso era uma cristã «absolutamente invulgar»
O padre Vítor Feytor Pinto, responsável da paróquia do Campo Grande, em Lisboa, afirmou que Maria Barroso era uma mulher de «cultura vastíssima» e uma cristã «absolutamente invulgar» que participava na vida paroquial com atitude de serviço e disponibilidade a todos.
«Para a nossa comunidade paroquial é uma grande perda indiscutivelmente pelo exemplo de vida que nos dava. Para a sociedade perdemos uma mulher de cultura vastíssima, de intervenção política nos quadros da justiça e dos valores humanos e ganhamos uma mulher cristã no céu que vai participar de certeza da alegria de Deus e interceder por nós», comentou à Agência ECCLESIA.
Maria Barroso morreu na madrugada da passada terça-feira, aos 90 anos, no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa, onde estava internada desde 26 de Junho.
O sacerdote destacou de Maria Barroso a «cultura vastíssima» que a paróquia do Campo Grande beneficiou através de diversas formas de disponibilidade e serviço quando durante a semana «ajudava crianças que precisavam de apoio no estudo de Português e outros», ensinava também os leitores a «pronunciarem bem as palavras quando falassem ao microfone» e também a saber «lidar» com o microfone.
«Tinha uma nota muito interessante. Aos Domingos quando vinha para a missa sentava-se no bar durante uma hora e ia acolhendo e recebendo as pessoas que queriam falar com ela. É fantástico, estava numa simplicidade e proximidade absurdamente extraordinária», acrescentou o pároco sobre quem «acompanhava constantemente» as actividade paroquiais.
O padre Vítor Feytor Pinto foi o responsável da Comissão Nacional da Pastoral da Saúde, durante 28 anos, e recordou que Maria Barroso acompanhou-o «quase vinte vezes» ao Vaticano, para participar em encontros internacionais, «onde teve oportunidade de conversar com os três Papas [São João Paulo II, Bento XVI e Francisco]».