OPUS DEI COMEMOROU 75 ANOS DE PRESENÇA EM PORTUGAL

OPUS DEI COMEMOROU 75 ANOS DE PRESENÇA EM PORTUGAL

O primeiro país depois de Espanha

A ocasião foi assinalada na última sexta-feira com a recitação do Terço em Fátima e com uma iniciativa social para ajudar famílias portuguesas em dificuldade.

O Prelado do Opus Dei, Monsenhor Fernando Ocáriz, escreveu numa carta de 28 de Janeiro aos fiéis da Prelatura em Portugal: “Sei que, pela emergência sanitária, não podeis celebrar esse dia como gostaríeis. É um bom momento para voltar a deixar tudo nas mãos de Deus, conscientes da missão a que fomos chamados, para ser e fazer o Opus Dei em qualquer circunstância, cheios de esperança”.

Com efeito, o programa inicial que previa uma solene eucaristia presidida pelo cardeal D. António Marto teve de ser alterado. O novo programa de celebrações teve então como ponto alto a Recitação do Terço do Santuário de Fátima, na passada sexta feira, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário, presidida pelo padre José Rafael Espírito Santo, vigário regional do Opus Dei em Portugal. Também por razão da pandemia, não foi possível o Terço ter lugar na Capelinha nem acompanhá-lo presencialmente, mas foi possível seguir a transmissão em directo feita pela Rádio Renascença, Rádio Sim e pela TV e Rádio Canção Nova. Os mistérios do Terço meditaram-se com as palavras de São Josemaría, no seu livro “Santo Rosário”.

O Prelado do Opus Dei, na referida carta, alentou a pensar “em tantas mulheres e homens que se aproximaram do calor da Obra ao longo deste tempo. Rezamos por eles, e pelos que continuarão a vir, atraídos pelo afecto com que viveis a fraternidade e pelo vosso exemplo de optimismo: sempre há motivos para estar contentes, mesmo no meio das dificuldades, procurando relacionar-nos intimamente com Cristo, pondo-O no centro da nossa vida”.

Entretanto, também no dia 5 de Fevereiro, o “site” do Opus Dei publicou uma vídeo-mensagem do Prelado do Opus Dei (https://www.youtube.com/watch?v=jCkPygJOzvE&feature=youtu.be).

PELA MÃO DA IRMÃ LÚCIA

Nos primeiros dias de Fevereiro de 1945, a irmã Lúcia encontrou-se com São Josemaría em Tuy (Espanha) e convenceu-o a conhecer Fátima e Portugal. E assim São Josemaría chegou pela primeira vez a Fátima no dia 5, já de noite.

Foi D. José López Ortiz, bispo de Tuy, amigo do fundador da Obra, quem lhe apresentou a irmã Lúcia. E nessa primeira ida a Fátima passou pelo Porto, Leiria, Lisboa e Coimbra, e esteve com os bispos de Leiria (D. José Alves Correia da Silva), Coimbra (D. António Antunes) e com o Patriarca de Lisboa (cardeal Cerejeira).

Um ano depois, a 5 de Fevereiro de 1946, chegou a Portugal, enviado pelo fundador do Opus Dei, o farmacêutico Francisco Martínez. Era o início do Opus Dei em Portugal. Ainda em 1946, chegaram mais alguns jovens do Opus Dei: Francisco Martínez García (5 de Fevereiro), Álvaro del Amo e Gregório Ortega Pardo (21 de Abril), Francisco Javier Ayala Delgado (8 de Dezembro), este último na companhia do arquitecto e pintor Fernando Delapuente, que ajudou na instalação da primeira casa onde iriam residir e que foi o primeiro centro do Opus Dei, em Coimbra. Em 1948 juntaram-se Tomás López Castro e Manuel Ortiz Alonso.

No dia 1 de Dezembro de 1951 chegaram a Portugal as primeiras jovens: a portuguesa Maria Sofia Pacheco e as espanholas Ester Teijeira, Lurdes Silva e Delfina. Dois dias depois, Julia García Simón, Margarita e Saturnina. Nos anos seguintes, vieram também Marita Bandeira, Elvi Lamas, Maria Pilar Garrido, Charo Alonso e Teresita Asi Zurita.

O Opus Dei nasceu em Madrid, no dia 2 de Outubro de 1928, no coração de São Josemaría Escrivá de Balaguer, com a missão de para “levar Cristo a todos os ambientes em que se desenvolve o trabalho humano: à fábrica, ao laboratório, ao trabalho do campo, à oficina do artesão, às ruas das grandes cidades às veredas da montanha” (São Josemaría, “Cristo que passa”, n.º 105).

Portugal foi o primeiro país fora de Espanha onde o Opus Dei – Obra de Deus – se estabeleceu.

A vocação ao Opus Dei é única; cada um a vive segundo as suas circunstâncias pessoais. Pertencem ao Opus Dei homens e mulheres, sacerdotes e leigos, solteiros, casados, viúvos, de profissões e situações sociais muito variadas.

Em Portugal, actualmente, pertencem ao Opus Dei mil 625 pessoas: mil e 27 mulheres e 598 homens, 33 padres da Prelatura e 55 padres incardinados nas suas dioceses.

75 CABAZES PARA 75 FAMÍLIAS

Desde 5 de Fevereiro de 2021 até 5 de Fevereiro de 2022, o Opus Dei convida a juntar bens ou ajuda económica para fazer um cabaz mensal para 75 famílias, às quais três paróquias de Lisboa farão chegar esse apoio. As indicações estão no vídeo-anúncio https://opusdei.org/pt-pt/article/lisboa-cabazes-para-75-familias-assinalam-75-anos-do-opus-dei/

A ideia é corresponder ao desafio proposto pelo Papa Francisco de não deixar ninguém para trás e atender às dificuldades crescentes que a pandemia irá implicar para as famílias.

O projecto foi desenhado em colaboração com os párocos frei Fabrizio (paróquia de Santa Beatriz da Silva), padre Paulo Araújo (Anjos) e Cónego Francisco Crespo (São Vicente de Paulo).

A motivação surgiu de umas palavras de São Josemaría: «Um homem ou uma sociedade que não reaja diante das tribulações ou das injustiças e se não esforce por as aliviar, não é um homem ou uma sociedade à medida do amor do Coração de Cristo. Os cristãos – conservando sempre a mais ampla liberdade quando se trata de estudar e de pôr em prática as diversas soluções, segundo um pluralismo bem natural – terão de convergir no mesmo anseio de servir a humanidade. Se não, o seu cristianismo não será a Palavra e a Vida de Jesus: será um disfarce, um embuste feito a Deus e aos homens».

O contexto é a confluência do Ano de São José, do Ano da Família “Amoris Laetitia” e dos 75 anos do Opus Dei em Portugal.

A impulsionar o projecto estão as coordenadoras Geli Santa María Fernández que faz a ligação com a paróquia dos Anjos, Inês Vilhena da Cunha que faz a ligação com a paróquia de São Vicente de Paulo, e Benedita Santiago Neves que faz a ligação com a paróquia de Chelas.

Além da ajuda material, nos casos em que as paróquias considerarem oportuno, também será proposto um desafio familiar com vista a melhorar o convívio familiar em tempo de pandemia e de confinamento.

Texto fornecido pelo Opus Dei em Portugal (editado)

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