Colonização ideológica

OPINIÃO

Colonização ideológica

Sob o manto da Liberdade, existe um novo totalitarismo de ideologias distorcidas, clivantes e cínicas que, de forma suave e subtil, destroem a integridade e a dignidade humana.

Nas últimas décadas, nomeadamente desde os anos sessenta, com a ajuda da Organização das Nações Unidas (ONU), da União Europeia (UE) e dos media, apoiados por uma oligarquia financeira, um poderoso “lobby” tem vindo a lutar para mudar todo o sistema de valores, com o objectivo de implementar uma liberdade absoluta sem qualquer restrição moral ou da própria natureza. Destruindo todos os sistemas normativos, fazem guerrilha de natureza sexual, procurando anular o feminino e o masculino, fragmentando mentalidades e corpos, legislando a belo prazer das suas vontades, ostracizando e criminalizando qualquer oposição a estes devaneios.

Não estamos face a uma nova ditadura do proletariado ou a um domínio de uma raça que se considera superior, mas sim a um totalitarismo camuflado sob um manto de liberdade, de tolerância, de justiça e de igualdade.

Esta ditadura mudou de roupa, agora surge travestida em direitos, com a pretensão de escravizar o homem em nome da liberdade, uma nova modalidade de engenharia social neste admirável mundo dos nossos dias.

Após a Segunda Guerra Mundial foi criada a ONU que aprovou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 1948. Os horrores de então assim o justificavam. Porém, meio século volvido, mediante a manipulação de toda a sociedade, a mesma ONU é o local de estratégia para aniquilar todo o comportamento humano, abdicando dos princípios culturais, das normas e valores que foram uma referência na Europa e no mundo. Depois de 1989 deu-se uma radical mudança de paradigma nesta instituição. Aliando-se a poderosos grupos económicos, recorrendo a uma nova linguagem criada para iludir, inverteram toda a lógica de pensamento e ousam destruir a Antropologia.

Os poderosos do mundo, radicalmente unidos, lutam pela destabilização e desconstrução de tudo o que era universalmente aceite. Foram destruindo a identidade sexual dos homens e das mulheres, instituíram o divórcio como um acto banal, implementaram uma educação sexual nas escolas que é uma ideologia sem fundamentos biológico e antropológico, corrompem as mentes das crianças e dos jovens, numa prepotência inimaginável há anos atrás.

Em todo este panorama de liberdades sem fim teremos de acrescentar ainda a luta pela defesa da normalização da pedofilia e uma nova dependência aditiva – a pornografia, acessível a todos, incluindo crianças e jovens, através dos inúmeros “sites” disponíveis sobre o tema.

A pornografia é um negócio altamente rentável em todo o mundo, mas é um vício tremendo e corrosivo para a consciência e sensibilidade, não só destrói a pessoa como se projecta na sociedade, na família, na vida afectiva e relacional. Este aditivo será mesmo o grande responsável por toda a violência, nomeadamente a doméstica.

Intelectuais de esquerda, ateus convictos em colaboração com os media, incluindo cinema, televisão e Internet, têm contribuído para sexualizar as massas e subverter as mentes.

Na década de vinte do século passado, Gramsci concluiu que era necessário destruir a cultura ocidental, sem armas mas minando e corroendo as mentes. O objectivo principal era a destruição da família.

Susana Mexia

Professora

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