PROFESSOR DE HARVARD, ROY SCHOEMAN

Não há distância entre o Céu e a Terra

PROFESSOR DE HARVARD, ROY SCHOEMAN, JUDEU, CONVERTE-SE AO CATOLICISMO APÓS REVELAÇÕES DIVINAS

A fé e a graça de uma verdadeira conversão, que nos é dada por Deus, é um mistério que tem transformado muitas vidas. Um dos casos é o professor de Harvard, Roy Schoeman, judeu, que foi agraciado por revelações privadas e teve uma profunda conversão ao Catolicismo. Estando numa fase da vida um tanto perdido na sua fé, após ter sido tocado por Deus e pela Bem-Aventurada Virgem Maria, disse: «Se Deus não se me tivesse revelado, se a abençoada Virgem Maria não se me tivesse revelado e me trazido para a Igreja Católica, eu provavelmente teria morrido e sido condenado».

O professor Roy Schoeman conta-nos que nasceu e foi criado judeu numa família muito tradicional, num ambiente muito judaico. Fala-nos que até à Universidade, quando ingressou no M.I.T. (Instituto Tecnológico de Massachusetts), uma entidade técnico-científica, havia perdido a crença em Deus: «perdi a minha fé e tornei-me essencialmente ateu». Após ter seguido para a Harvard Business School, Roy sonhou ter uma carreira. Quando recebeu o diploma em Harvard foi chamado e tornou-se nesta mesma instituição professor de Marketing, com apenas 29 anos de idade. Naquele momento sentiu algo: «pode parecer estranho, mas foi justamente quando alcancei o sucesso que o meu mundo caiu, porque desde criança eu sabia que devia de haver um significado e um propósito para as nossas vidas; e eu esperava saber o significado da vida quando ficasse mais velho».

Roy Schoeman esperava por algo que desse um certo sentido verdadeiro à sua vida, e deste modo revela ter caído no pior desespero naquela época.

O “ESTRANHO” COM AS RESPOSTAS– Certo dia, numa manhã, Roy caminhava pela natureza; numa espécie de reserva ambiental perto do Oceano, composta por pinheiros e dunas de areia, e aí diz ter recebido a maior graça da sua vida: «de um instante para o outro, enquanto caminhava, perdi-me nos meus pensamentos. Há anos que eu já tinha perdido toda a esperança na existência de Deus, ou algo do género, e foi quando de repente a cortina entre o Céu e a Terra desapareceu e vi-me na presença de Deus. Eu vi a minha vida como se tivesse morrido e estivesse a olhar para ela diante da presença Divina. Vi num instante muitas, se não a maior parte das verdades reveladas pela Igreja Católica. Vi que viveremos para sempre, e que as nossas acções têm um peso moral para toda a eternidade».

Roy Schoeman sentiu também que tudo o que já acontecera consigo fora perfeitamente organizado pelas mãos de um Deus todo poderoso e de um amor puro: «não só incluindo as coisas que me causaram sofrimento na altura e que eu pensava serem os maiores desastres, mas especialmente as coisas que mais sofrimento me causaram. Eu vi que os meus dois maiores arrependimentos na vida, depois que eu morresse, seriam: toda a energia que gastei a preocupar-me que não era amado, quando na verdade em todo o momento da minha existência eu fui seguro por um Oceano de amor; muito maior do que eu pensava que pudesse existir e que emanava desse Ser que tudo conhece e é puro de amor. E o outro arrependimento seria todo o tempo que despendi com coisas sem valor aos olhos do Céu».

Schoeman apercebeu-se que tinha tanta preocupação em a vida não ter sentido, quando na verdade ela tem um infinito profundo significado. Hoje está ciente que todo o momento contém a possibilidade de se fazer algo valioso aos olhos do Céu: «e todas as vezes que tomamos essa oportunidade, seremos recompensados por toda a eternidade». E toda a oportunidade que perdemos e não tomamos como benefício «será uma oportunidade perdida por toda a eternidade». A parte mais sublime desta experiência, a mais transformadora, refere Roy, foi ter entrado no mais profundo e íntimo conhecimento de que Deus «não só me conhecia pelo nome, como se importava comigo e cuidava de mim; controlando tudo o que me acontecia, sabendo como me sentia a cada momento e importando-se comigo. Isto de uma forma tão real que tudo o que me fazia feliz, O fazia feliz; e tudo o que me entristecia, O entristecia». Entendeu então que o propósito da sua vida era servir e amar o Senhor, o seu Deus e Mestre, que a ele se revelara. O professor de pronto interrogou-se: «mas eu não sabia o Seu nome. E não conseguia pensar n’Ele como sendo o Deus do Antigo Testamento. A figura de Deus que surge no Antigo Testamento é a figura de um Deus muito mais distante e severo – desprovido da “simplicidade”, da humanidade do Deus que me apareceu». Naquele instante o professor deparou-se com uma outra questão: «eu não sabia qual a religião que devia seguir para adorá-Lo. Então rezei; ainda caminhava, apesar de ter “entrado no Céu”, assim por dizer, e conseguia ver o mundo espiritual; e estando nessa íntima comunhão com Deus, também via o nosso mundo físico em meu redor. É como se o mundo físico tivesse ficado transparente e eu pudesse ver através dele o mundo espiritual». E continuava a rezar: «deixe-me saber o Seu nome. Não me importo se É Buda e tiver de ser budista; não me importo se É Krishna e tiver que me tornar hindu. Não me importo se É Apolo e tiver que me tornar um pagão romano. Desde que não seja Cristo e eu tiver que me tornar cristão». Roy explica que esta última ideia surgiu por ser judeu. Para ele, a divindade respeitou a sua preocupação ao não lhe ter revelado o Seu nome. O professor diz ter voltado para casa muito feliz, mas algo continuava-o a intrigar: «eu queria saber o nome do Deus e mestre que se me revelou, e qual a religião que deveria seguir para O agradar».

Depois desta experiência o professor assumiu estar um pouco perdido: «caí numas tontarias como o New Age e coisas assim, mas também fiz algo que deu bons frutos: todas as noites antes de dormir rezava uma pequena oração que havia elaborado – “eu quero saber o nome do meu Deus, do meu Senhor e Mestre que se me revelou naquele dia”».

A SENHORA COM UMA LINDA VOZ– Na noite do dia que completou um ano da experiência do professor Roy Schoeman, após orar em agradecimento pelo que lhe tinha acontecido, este foi acordado por uma mão suave no seu ombro e conduzido a um lugar, tendo-se encontrado com uma jovem senhora, a mais bela que já alguma vez havia visto. E soube, sem que ninguém precisasse de lhe dizer, que era a Bem-Aventurada Virgem Maria. «Quando me vi na presença dela, tudo o que eu queria fazer era honrá-la de forma apropriada», disse Roy. Na verdade, o primeiro pensamento que lhe veio à mente foi: «ó meu Deus, queria saber pelo menos [rezar]a Avé Maria», mas não sabia! A primeira coisa que a Senhora disse a Roy foi que responderia a qualquer pergunta que ele quisesse fazer. O professor recorda: «o meu primeiro pensamento foi que ela me ensinasse a Avé Maria para poder honrá-la devidamente. Mas eu era muito orgulhoso para admitir que não sabia a oração». De uma forma indirecta, para que lhe ensinasse a oração, Roy pediu-lhe que dissesse qual a sua oração favorita. O professor recorda que Nossa Senhora foi um pouco genérica: «eu gosto de todas as orações a mim dirigidas». Roy insistiu: «mas deve gostar mais de umas orações do que outras». Então a Senhora recitou uma oração, mas em Português, e Roy não entendia nada de Português. O que pôde fazer foi tentar lembrar e guardar a fonética das palavras, e na manhã seguinte anotou num papel. O professor tentou de pronto saber a oração e lembra como o conseguiu: «mais tarde, depois de conversar com uma católica portuguesa e de lhe pedir para recitar algumas orações a Maria em Português, identifiquei uma oração que era assim: “ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”».

Outra dado que Roy enfatiza com emoção é que apesar de ser perfeitamente linda para se contemplar, indescritivelmente linda, ainda mais profunda e bonita, era a sua voz. E acrescenta: «a única maneira que consigo descrever é que é composta daquilo que faz a música ser música. Quando falou, a beleza da sua voz veio até mim trazendo o seu amor; elevou-me a um estado de “êxtase espiritual” que nunca pensei existir». A certa altura, Roy perguntou-lhe: «como possível que seja tão gloriosa, tão magnífica, tão excelsa?». A sua resposta foi acompanhada de um olhar piedoso, abanando a cabeça gentilmente: «ó não, você não entende. Eu não sou nada. Eu sou apenas uma criatura, Ele é tudo». Em seguida, ainda com o desejo de honrá-la, perguntou-lhe qual era o título que mais gostava para si. A resposta não podia ser mais simples: «eu sou a filha amada do Pai, mãe do Filho e esposa do Espírito Santo». No manhã seguinte, quando acordou, o professor recorda que estava totalmente encantado com a abençoada Virgem Maria: «não queria mais nada a não ser o título de cristão. Obviamente, depois desta aparição, soube que o Deus que se me tinha revelado um ano antes era Cristo».

A PROCURA– O sentimento de querer ser absolutamente cristão, na sua procura, não conhecendo as diferenças, fê-lo procurar uma igreja protestante. Roy falou com um pastor: «assim que comecei a conhecer melhor o pastor, timidamente perguntei-lhe sobre a Virgem Maria. Quando ele me respondeu sem o respeito que eu sabia ela merecer, percebi que não era ali o meu lugar». Na verdade, Roy sublinha que durante aquela revelação compreendeu que todos os dons que fluem da divindade para a humanidade, na verdade fluem pelas mãos da Mãe Santíssima: «foi muito difícil para mim compreender como a Virgem Maria era inteiramente e totalmente humana; e não mais que humana, apesar da sua ligação única com a divindade». «Essa foi a razão, por assim dizer, de ela ter afirmado: “eu não sou nada, sou uma criatura, um ser criado por Deus”».

A falta de “respeito” pela abençoada Virgem Maria fez com que Roy sentisse que não pertencia à igreja protestante e começasse a visitar santuários marianos: «havia um santuário dedicado a Nossa Senhora de La Salette, a 45 minutos de onde eu morava. Ia lá duas a três vezes por semana». Recorda que por vezes havia missa no santuário: «quando havia missa eu sentia um desejo enorme de receber a Comunhão, mesmo que eu literalmente ainda não soubesse do que se tratava».

O CRENTE– Na sua conversão, Roy assume ter sido levado para a Igreja Católica pelas mãos da Virgem Santíssima; com amor e devoção por ela, assim como também por sentir o desejo de receber a Comunhão diariamente. O professor enfatiza: «por ter entrado na Igreja Católica não deixei de ser judeu; o que entendo é que tornei-me ainda mais judeu do que era, porque tornei-me um judeu que agora segue o Messias judeu, em vez de ser um judeu que recusa seguir o Messias judeu e ficou estagnado no Judaísmo pré-messiânico. Na verdade, o meu entendimento sobre essa relação é que a Igreja Católica é o Judaísmo pós-messiânico, e o Judaísmo é o Catolicismo pré-messiânico».

Roy admite que no início teve dificuldades em aceitar todos os dogmas católicos. Ainda estava apegado a muitas crenças anteriores às suas experiências. No processo, foi «percebendo que tudo o que a Igreja Católica ensina é totalmente verdadeiro, em outras palavras, todos os dogmas católicos são verdadeiros».

Por fim, o professor Roy Schoeman sublinha: «sou infinitamente grato por ter recebido estas experiências e ter sido conduzido para a plenitude da verdade; para uma relação pessoal com Deus e ter conhecimento de tudo o que desejava saber em criança».

Miguel Augusto

com Shalom Media (tradução de Day Flaubert)

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