Rotários lançam campanha de doação de sangue

ESCASSEZ DO TIPO Rh NEGATIVO PREOCUPA AUTORIDADES

Rotários lançam campanha de doação de sangue

Os oito clubes que dão corpo ao Movimento Rotário em Macau uniram forças e fizeram no início da semana um apelo público à dádiva de sangue. A tomada de posição surge numa altura em que o recuo nas doações de sangue do tipo Rh- (Rh Negativo), mais comum entre as populações caucasianas, começa a preocupar as autoridades do território.

Dar sangue é dar vida e foi essa, precisamente, a mensagem que os responsáveis pelo Movimento Rotário na RAEM deixaram na passada segunda-feira, na conferência de Imprensa de apresentação da campanha de doação de sangue que o Rotary Club of Macau, em conjunto com os restantes sete clubes rotários do território, vai promover entre 14 de Março e meados do mês de Abril.

O organismo dinamiza desde 2001 uma campanha com o objectivo de sensibilizar a população para a importância de doar sangue. A iniciativa, que não se concretizou no ano passado devido ao impacto da pandemia de Covid-19, decorre habitualmente ao longo de um único dia, com o Centro de Transfusões de Sangue a deslocar técnicos e equipamento para o local definido pelo Clube Rotário. Este ano, e em virtude de algumas medidas de prevenção ainda se encontrarem em vigor, a campanha prolonga-se por vários fins-de-semana durante os meses de Março e de Abril. «Na sua configuração normal, esta iniciativa decorre durante um dia, habitualmente num Domingo, e é realizada na Taipa, no Jardim Cidade das Flores, de forma a dar mais visibilidade pública ao evento. Este ano, em virtude das medidas que continuam em vigor relativamente à epidemia, não foi possível realizar aí e, portanto, a nossa opção foi a de, em vez de condensar o evento num único dia, dinamizá-lo ao longo de vários dias», explicou João Francisco Pinto, presidente do Rotary Club of Macau, em declarações a’O CLARIM. «Os vários clubes vão arregimentar os seus membros e as pessoas que conhecem para que possam ir aos centros de transfusão de sangue nos fins-de-semana a partir do dia 14 de Março e até meados de Abril para fazer essa doação», acrescentou o dirigente.

Este ano a acção reveste-se de um propósito muito concreto, o de convencer os dadores de sangue Rh Negativo – mais comum entre as populações caucasianas – a associarem-se ao evento. «Há um apelo por parte dos oito clubes para que, de facto, haja uma mobilização de possíveis dadores para que participem activamente e possam doar este tipo de sangue, uma vez que ele é particularmente escasso entre as populações asiáticas», sublinhou João Francisco Pinto.

O número de dadores de sangue caucasianos registados no Centro de Transfusões de Sangue está em queda, tendo descido dos 135 para os 108 durante 2020. Destes, 25 têm sangue Rh Negativo. Apesar do recuo neste domínio, no ano passado o número global de pessoas que se registaram para dar sangue cresceu 2,25 por cento, para os treze mil 387 dadores, em comparação a 2019.

Marco Carvalho

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