Museu do Oriente organizou 1º Festival de Street Food

Comida asiática à beira-Tejo.

No passado dia 20 de Maio, em Lisboa, o Museu do Oriente (Fundação Oriente) organizou, pela primeira vez, um festival de Street Food dedicado à comida asiática.

O evento integrou as comemorações dos trinta anos da Fundação Oriente e da primeira década do Museu do Oriente, que tiveram início a 16 Março e que terminaram no dia 27 de Maio, sob o lema Museu em Festa.

Marcaram presença representantes das Filipinas, Japão e Índia, para além de Portugal e do nosso Food Truck em nome da culinária tailandesa.

Durante a iniciativa, que arrancou a meio da manhã, realizaram-se jogos tradicionais do Oriente, visitas rápidas ao Museu e às suas salas de actividades, e uma conferência sobre Jikiden Reiki, por José Neves.

Do leque de actividades destacamos uma exposição sobre Goa no século XVII, “Menino Jesus Bom Pastor”, e as mostras dedicadas à Ópera Chinesa, intituladas “Modelos de Maquilhagem” e “Estatueta de Guan Yu”, para além de outras duas exposições: “Facas de Cordão Umbilical de Ainaro (Timor-Leste)” e “Biombo Namban. Biombo de seis folhas do período Edo (1615-1868)”.

Os visitantes tiveram a oportunidade de ver fotografias, da década de quarenta, da fachada do edifício dos antigos Armazéns Frigoríficos do Bacalhau em Alcântara, onde está instalado o Museu do Oriente.

No auditório decorreu a Cerimónia de Aniversário de Buda, em que participaram cerca de duas centenas de pessoas. E houve ainda lugar à Cerimónia do Chá Japonês e à Demonstração de Kimono, por Kimino Chiyo, que atraiu igualmente muitos curiosos.

O recinto reservado aos comes e bebes foi animado por pintura das mãos com henna, caligrafia chinesa e demonstração de massagens tailandesas.

A venda de comida teve início às onze horas da manhã mas devido ao decorrer de uma maratona feminina na Avenida Brasília, que esteve fechada até às 12:30, só depois dessa hora é que os interessados começaram a chegar.

O Dee Thai Food Truck esteve bastante concorrido, segundo nos informou a organização. Servimos refeições e bebidas – sem parar – até as seis e meia da tarde. A determinado momento, a fila de espera prolongava-se a quase duas dezenas de metros. Felizmente, as pessoas esperaram sob um sol abrasador, sem quaisquer problemas ou queixas.

Foi uma excelente oportunidade para voltar a ver algumas caras de Macau. Aliás, estive com um amigo macaense de longa data – estava acompanhado da sua mãe – que agora vive em Portugal.

A nossa presença foi espoletada por um convite endereçado pela embaixada do Reino da Tailândia em Portugal. Depois de acertadas as agulhas, aceitámos o desafio. Eram três da manhã quando saímos do distrito de Coimbra, rumo a Lisboa. Foram três horas de viagem pela estrada nacional, tendo nós chegado ao destino por volta das sete da manhã, hora a que foi possível iniciar a instalação do equipamento. Chegámos a casa já passava da uma da manhã do dia seguinte; exaustos mas com o sentimento de dever cumprido.

Pelo retorno que tivemos dos clientes a comida fui do agrado da maioria. O tempo de espera foi compensado pelo prazer que tiveram em comer os nossos pratos. Da organização tivemos um retorno positivo, tendo logo ficado combinado que iremos voltar a participar num próximo evento de comida asiática.

Em Portugal, no mês de Maio, abre a época dos festivais de comida. O tempo bom, aliado aos dias longos, faz com que este tipo de programa surja um pouco por todo o País.

No que diz respeito ao nosso projecto, temos agendado um evento para este fim-de-semana, outro para meados de Junho (no Norte) e uma festa de aniversário-surpresa em Montemor-o-Velho. Em cima da mesa está a ser negociada a possibilidade de participarmos num evento em Badajoz, sendo que será a nossa primeira internacionalização.

A concluir, partilhar apenas que a peregrinação que efectuámos a Fátima terminou sem qualquer percalço ou sobressalto. Como já referi neste mesmo espaço, este ano decidimos cumprir o trajecto por etapas, devido à fragilidade de saúde da minha mulher. A NaE tem-nos surpreendido com a sua tenacidade e força de vontade. Completou todas as etapas sem qualquer problema, numa média diária superior a 35 quilómetros. Da primeira vez que o fizemos, antes do problema de saúde da NaE, demorámos quatro dias.

Chegar a Fátima a pé é uma sensação indiscritível, que só quem o faz consegue entender. A combinação da aura que se sente no local, com a exaustão do esforço físico e o sentimento de dever cumprido, deixa os peregrinos num estado de espírito difícil de descrever em palavras.

A promessa é alimentar esta fé todos os anos, sempre que estivermos em Portugal e enquanto a saúde o permitir.

João Santos Gomes

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