Cristãos e muçulmanos contra o extremismo e a violência
Cristãos e muçulmanos condenaram em Teerão «todo o tipo de extremismo e violência, especialmente os cometidos em nome da religião».
A declaração conjunta aconteceu no final do 9.º colóquio de Diálogo Inter-religioso que decorreu na capital iraniana nos dias 25 e 26 de Novembro, entre responsáveis islâmicos e muçulmanos, avançou a Sala de Imprensa da Santa Sé.
O evento contou com a participação do presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso, cardeal D. Jean-Louis Tauran, e do presidente da Organização para a Cultura Islâmica e Relações, Abuzar Turkaman.
Entre outros pontos, os participantes frisaram a necessidade de fomentar no meio da sociedade os «valores religiosos» e a «espiritualidade genuína».
Congratularam-se ainda pelos frutos positivos que o diálogo entre cristãos e muçulmanos tem produzido ao longo dos anos, nomeadamente na promoção de um «melhor entendimento e conhecimento mútuo».
Paquistão
A agência Fides, do Vaticano, revelou que «um cristão de 35 anos» no Paquistão, acusado de «venda de álcool e drogas», foi «torturado e morto» enquanto se encontrava sob custódia policial em Lahore.
A família de Rakha Shahzad, que tentou entrar à força na esquadra, considera que ele «morreu por causa de torturas» enquanto a polícia de Lahora adianta que a morte deve-se a um «ataque cardíaco» durante o interrogatório.
O cristão paquistanês foi detido com a acusação de «venda de álcool e drogas». Segundo a agência de informação, três agentes foram denunciados e foi aberto um inquérito.
«O mundo inteiro ainda está profundamente chocado e escandalizado com o assassinato do casal cristão [queimado vivo] em Kasur, mas as violências prosseguem», disse o advogado cristão Mushtaq Gill.
Para o advogado «é urgente revogar» as leis habitualmente utilizadas para «perseguir os cristãos» e garantir «justiça e legalidade» no comportamento da polícia e dos funcionários públicos.
Em declarações à Fides, o provincial dos Franciscanos Capuchinhos no Paquistão, o padre Francis Nadeem, manifestou «espanto» por causa de mais «um homicídio extrajudicial».
In ECCLESIA