O que são as Premissas Mais Fracas?
Vamos agora estudar a próxima regra, que tem a ver com as premissas “mais fracas”. E que premissas são mais fracas? Na Lógica, as premissas particulares são mais fracas, se comparadas com as universais, e as premissas negativas são mais fracas do que as afirmativas.
Regra n.º 7: Diz que a conclusão tem que seguir a premissa mais fraca. (1) Se uma das premissas é negativa (proposição E ou O), a conclusão tem que ser negativa. (2) Se uma das premissas for particular (I ou O), a conclusão tem que ser uma proposição particular.
Relembremos uma vez mais o que A, E, I e O significam:
A (afirmativa universal): Cada homem é mortal / Todos os homens são mortais. uS + pP
E (negativa universal): Nenhum homem é um anjo / Todos os homens não são anjos. uS – uP
I (afirmativa universal): Alguns humanos são machos. pS + pP
O (negativa particular): Alguns humanos não são machos. pS – uP
A primeira parte da Regra n.º 7 ensina-nos que uma conclusão negativa surge se uma das premissas for negativa (E ou O).
Por exemplo:
E (negativa universal): Nenhum jumento é um peixe.
I (afirmativa universal): Alguns asnos são jumentos.
O (negativa particular): Alguns asnos não são peixes.
Neste caso, mesmo que a declaração “Todos os asnos não são peixes” (E, negativa universal) seja óbvia para nós, não pode surgir uma conclusão lógica deste silogismo.
A segunda parte da Regra n.º 7 diz-nos que se uma premissa for particular (I ou O), a conclusão tem que ser particular.
O (negativa particular): Alguns criminosos não roubam.
A (afirmativa universal): Todos os criminosos são violadores da lei.
O (negativa particular): Logo, alguns violadores da lei não roubam.
Como a primeira premissa é particular a conclusão tem que ser particular. Além disso, como a primeira premissa também é negativa a conclusão tem que ser negativa.
No exemplo abaixo, a primeira premissa é negativa, a segunda premissa é particular, assim a conclusão tem que ser negativa e particular:
E (universal negativa): Nenhum ladrão prosperará.
I (afirmativa particular): Alguns políticos são ladrões.
O (negativa particular): Logo, alguns políticos não prosperarão.
Regra n.º 8: Nenhuma conclusão poderá ser obtida de duas premissas particulares (I ou O) – pelo menos uma delas tem que ser uma proposição universal. De outra forma, uma passa a ser uma falácia das premissas particulares. Por conseguinte, não se pode concluir nada do que se segue:
I (afirmativa particular): Alguns estudantes são preguiçosos.
O (negativa particular): Alguns estudantes não são preguiçosos.
Nem se pode tirar qualquer conclusão deste exemplo:
I (afirmativa particular): Alguns professores são bons.
I (afirmativa particular): Alguns alunos são bons.
E o próximo quebra duas regras, o que faz com que qualquer conclusão seja impossível:
O (negativa particular): Alguns adultos não são maduros.
O (negativa particular): Alguns jovens não são maduros.
Devem estar exaustos com toda esta discussão sobre o silogismo. Isso só prova uma coisa: não é fácil pensar correctamente.
Até à próxima aula!
Pe. José Mario Mandía