DIREITOS HUMANOS

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“Red Week” alertou população e políticos para os cristãos perseguidos

A presidente da Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) em Portugal disse que a “Red Week”, que esta fundação pontifícia promoveu a nível internacional, entre 18 e 24 de Novembro, chamou «a atenção da população, dos políticos e das entidades oficiais» para «os cristãos perseguidos».

«É um símbolo ter os edifícios, as igrejas, as catedrais, os monumentos, os parlamentos, iluminados de vermelho com este sangue dos mártires, para lembrar que hoje, em 2024, continua a haver perseguição por causa da fé, apenas baseada pela fé», explicou Catarina Martins Bettencourt, em entrevista à Agência ECCLESIA.

Paulo Aido, jornalista da AIS, alertou para «o grande risco» das pessoas sentirem que «isto se passa lá longe, em países distantes», porque parece que não tem nada a ver com elas, «mas tem tudo a ver»; porque a liberdade religiosa é «um Direito Humano que é fundamental», e esta situação tem-se «vindo a agravar de ano para ano».

«Os sinais são mesmo muito inquietantes em relação a isso. E, todos somos chamados, de alguma forma, a ter uma palavra a dizer sobre isto, que mais não seja para que isso nos inquiete em relação ao nosso dia-a-dia. Porque se nós estamos aqui, num país onde não há problemas de liberdade religiosa, o mesmo não se passa noutras zonas do mundo, e não nos pode deixar indiferentes», desenvolveu, apontando que «são milhões de pessoas em todo o mundo», neste caso cristãos, «que são vítimas da perseguição religiosa».

A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, através dos seus secretariados no mundo, em vinte países, incluindo Portugal, dinamizou a “Red Week” 2024 – iniciativa que se centrou na liberdade religiosa.

«Todos os secretariados da Ajuda à Igreja que Sofre realizam esta iluminação, chamando a atenção da população, dos políticos e das entidades oficiais, de que existe este drama dos cristãos perseguidos, destes mártires por causa da sua fé», acrescentou Catarina Martins Bettencourt, tendo reforçado que «a situação tem-se agravado de ano para ano».

A presidente do secretariado português da AIS salientou que em Portugal o Santuário de Cristo Rei, em Almada, se iria iluminar de vermelho, assim como o monumento a D. José I, na Praça do Comércio, em Lisboa. A diocese de Bragança-Miranda associou-se igualmente à iniciativa com a iluminação do Santuário dos Cerejais. Em Inglaterra, por exemplo, o Parlamento também se “vestiu” de vermelho.

«Tudo isto com o objectivo de provocar, no fundo, quem está a passar de olhar e se questionar: “Porque é que está hoje de vermelho o Cristo Rei, porque é que está iluminado de vermelho este monumento, esta igreja”», explicou a responsável.

«Nós transmitimos informação e alguma forma procuramos desinquietar as pessoas, alertar para esta realidade e tentar mobilizá-las: Não podemos ficar indiferentes a tanto sofrimento humano», completou o jornalista Paulo Aido.

In ECCLESIA

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