Papa pede solução diplomática
O Papa apelou, no passado sábado, ao fim da escalada de tensão entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte, dizendo temer um conflito nuclear que destruiria «grande parte da humanidade».
«Peço-lhes, vou pedir-lhes, como já pedi a outros líderes de vários locais, que trabalhem para resolver os seus problemas através do caminho da diplomacia», declarou.
Francisco falava numa conferência de Imprensa no voo de regresso a Roma, após uma viagem de dois dias ao Egipto, sugerindo que norte-americanos e norte-coreanos recorram à mediação de um terceiro país, se necessário. «Temos de parar», defendeu.
O Papa disse aos jornalistas que há várias nações empenhadas na mediação de conflitos e prontas a ajudar, dando como exemplo a Noruega.
«Hoje uma guerra alargada destruiria, não digo metade da humanidade, mas uma grande parte da humanidade», denunciou, insistindo na necessidade de «parar» o caminho para uma «guerra terrível» e procurar «uma solução diplomática».
O regime norte-coreano efectuou mais um teste balístico, depois de o secretário de Estado dos EUA ter afirmado que a continuação do programa de mísseis nucleares de Pyongyang teria «consequências catastróficas».
«Isto dos mísseis, na Coreia, já aconteceu há um ano, mas parece que as coisas estão a aquecer demasiado», acrescentou.
Francisco defendeu que a ONU precisa de assumir uma maior liderança nestas situações e de ter maior poder para intervir. «Penso que as Nações Unidas têm o dever de retomar a sua liderança», precisou.
O Papa adiantou que está disposto a encontrar-se com Donald Trump, Presidente dos Estados Unidos, se o chefe de Estado norte-americano quiser incluir uma visita ao Vaticano durante a viagem para a cimeira do G7, na Sicília (Itália), a 26 e 27 de Maio.
«Ainda não fui informado pela Secretaria de Estado se houve um pedido, mas eu recebo todos os chefes de Estado que peçam uma audiência», explicou.
In ECCLESIA