Conclusão do Jubileu da Misericórdia

«Deus nunca nos abandona»

«Deus não nos abandona nunca. Devemos ter esta certeza no coração: Deus não nos abandona nunca», declarou, perante peregrinos e visitantes reunidos na Praça de São Pedro para a recitação da oração do ângelus.

No último Domingo, nas catedrais e santuários de todo o mundo, foram fechadas as Portas da Misericórdia abertas no Ano Santo extraordinário convocado por Francisco, que se iniciou em Dezembro de 2015.

A porta da basílica de São Pedro vai ser fechada este Domingo (20 de Novembro), encerrando assim o Jubileu da Misericórdia.

O Papa espera que esta iniciativa ajude todos a «construir um mundo melhor, apesar das dificuldades e dos acontecimentos tristes que marcam a existência pessoal e coletiva»: «O Ano Santo levou-nos, por um lado, a ter o olhar centrado no cumprimento do Reino de Deus e, por outro, a construir o futuro nesta terra, trabalhando para evangelizar o presente, fazendo dele um tempo de salvação para todos».

Como sinal do Jubileu da Misericórdia, vai ficar exposto na basílica de São Pedro o mais antigo crucifixo de madeira ali existente, datado do século XIV, após ter sido restaurado.

Francisco associou-se ainda à jornada de agradecimento pelos frutos da terra e do trabalho humano que a Igreja Católica celebra anualmente na Itália, com votos de uma agricultura sustentável, sem esquecer os que estão privados de bens essenciais como a comida e a água.

 

Um modo de agir

Na última audiência jubilar o Papa afirmou que a misericórdia é um «modo de agir» que inclui e perdoa todas as pessoas, até os «maiores pecadores».

Para Francisco a inclusão é um «aspecto importante da misericórdia», traduz o «desígnio de amor» de Deus que «não quer excluir ninguém, antes incluir todos».

«A misericórdia é um modo de agir, um estilo, com o qual procuramos incluir na nossa vida os outros, evitando de nos fecharmos em nós mesmos e nas nossas seguranças egoístas», disse.

«Este aspecto da misericórdia, a inclusão, manifesta-se no abrir os braços para acolher sem excluir, sem classificar os outros a partir da sua condição social, língua, raça, cultura, religião: diante de nós está somente uma pessoa par amar como Deus a ama», sublinhou o Sumo Pontífice.

Francisco referiu depois o exemplo de Jesus, de braços abertos na cruz, e lembrou o simbolismo das colunatas que fazem os braços da Praça de São Pedro e o significado que têm para a Igreja Católica.

«Também esta praça, com as suas colunatas, exprime este abraço. Deixemo-nos envolver neste movimento de inclusão dos outros, para ser testemunhos da misericórdia com que Deus acolheu e acolhe cada um de nós», afirmou.

In ECCLESIA

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