Patuá

COMUNIDADE MACAENSE NOS ESTADOS UNIDOS NÃO ESQUECE A LÍNGUA DOS AVÓS

Dia do Patuá na Califórnia

A comunidade macaense da Califórnia festejou, no passado dia 24 de Março, o Dia do Patuá no Centro Cultural de Macau, em Fremont.

O evento, organizado pelas três associações macaenses com sede na Califórnia, designadamente a UMA, o Lusitano Club e a Casa de Macau – USA, com o patrocínio do Instituto Internacional de Macau e da Fundação Macau, reuniu uma centena de falantes do crioulo macaense e respectivas famílias.

O professor Mário Nunes, docente da Universidade de Macau, deu uma palestra sobre o Patuá, frisando a sua origem como língua vernácula entre os portugueses e os nativos, quando os lusitanos se fixaram na Península da Malásia, mais concretamente em Malaca, durante 130 anos. Ao longo do tempo, o Patuá foi sofrendo grandes mudanças com a adaptação de palavras da Índia, Indonésia, Filipinas, Japão, Inglaterra e da China.

Outro orador da tarde foi Jim Silva, membro da UMA. Este abordou o modo como se falava o Patuá em Hong Kong, com forte influência de palavras inglesas.

Houve ainda lugar para uma pequena récita em Patuá, por Flávia Greubel, Vilma Remédios e Cecília Hó.

Entre todos os presentes subsistiu a ideia de que com o apoio de Macau, o Patuá não vai desaparecer na Califórnia. O problema é saber como irá ser transmitido à nova geração de macaenses.

Para o evento, entre outras personalidades, foram convidados a cônsul-geral de Portugal em São Francisco, Maria João Lopes Cardoso, o presidente do Instituto Camões, Luís Faro Ramos, e do Governo dos Açores, Paulo Teves.

Casa de Macau, USA – Texto editado

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