Quinto bispo ordenado após acordo entre Pequim e o Vaticano

CHINA

Quinto bispo ordenado após acordo entre Pequim e o Vaticano

O Vaticano confirmou a ordenação episcopal do bispo coadjutor de Pingliang, a quinta celebração do género após a assinatura, em Outubro de 2018, de um acordo entre a República Popular da China e a Santa Sé.

D. António Li Hui foi ordenado a 28 de Julho, na província de Gansu, após ter sido nomeado para o cargo, pelo Papa Francisco, em Janeiro de 2021.

A cerimónia de ordenação foi presidida pelo bispo de Kunming, D. José Ma Yinglin.

O novo coadjutor de Pingliang nasceu em 1972 e formou-se no Seminário Nacional da Igreja Católica na China.

Recorde-se que a Santa Sé e a República Popular da China renovaram, a 22 de Outubro de 2020, o acordo assinado dois anos antes, em Outubro de 2018, sobre a nomeação de bispos católicos no País.

“Os dois lados concordaram em estender a fase de implementação experimental do Acordo Provisório por mais dois anos”, divulgou o Vaticano em comunicado em Imprensa.

O Acordo Provisório para a nomeação de bispos foi assumido em Pequim, a 22 de Setembro de 2018, tendo entrado em vigor um mês depois.

JORNAL DO VATICANO DESTACA CABO DELGADO

Entretanto, ainda no âmbito da Igreja que sofre, o jornal do Vaticano destacou, na primeira página da edição do passado dia 29 Julho, a “emergência sem fim” na província moçambicana de Cabo Delgado, a norte do país lusófono, “alvo de ataques terroristas jihadistas desde 2017”.

“Quando falamos sobre refugiados ou pessoas deslocadas, nunca percebemos que a maioria deles são crianças e mulheres. É também o que está a acontecer na esquecida crise humana em Cabo Delgado”, refere a edição diária em Italiano do Osservatore Romano.

O jornal cita números oficiais do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) que fala em 732 mil pessoas forçadas a deixar as suas casas pela violência, das quais cerca de metade, 335 mil, são crianças.

“Milhares de famílias buscaram refúgio nas províncias de Nampula, Niassa e Zambézia. Fogem com medo, sem documentos, com poucas coisas, e refugiam-se com amigos e parentes, ou acampam em condições desesperantes na fronteira com a Tanzânia: passam as noites ao ar livre num clima extremamente frio, sem abrigo ou cobertores”, pode ler-se.

A notícia sublinha que apenas dez por cento dos deslocados internos conseguem receber ajuda humanitária nos campos. “Para os outros, só há uma mobilização solidária por parte de paróquias, missionários, associações e realidades de diferentes confissões e religiões, pelo menos para distribuir alimentos e bens essenciais”, indica o Osservatore Romano.

In ECCLESIA

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