Segunda 11
Nobel
O Papa recebeu uma declaração pela paz, assinada por trinta prémios Nobel, que resultou do encontro mundial pela fraternidade humana, em Junho deste ano. O documento começa com palavras do próprio Francisco: “Somos diferentes, temos culturas e religiões diferentes, mas somos irmãos e queremos viver em paz”. A declaração foi entregue ao Papa pela jornalista filipina Maria Ressa, Prémio Nobel da Paz de 2021, pelo italiano Giorgio Parisi, Prémio Nobel da Física de 2021, e pela activista Tawakkul Karman, do Iémen, Prémio Nobel da Paz de 2011. Esta delegação representava todos os que participaram no encontro internacional acolhido a 10 de Junho, na Praça de São Pedro, numa organização da Fundação Fratelli Tutti. Os participantes assinaram, simbolicamente, um “Apelo à Fraternidade Humana”, lido por Nadia Murad e Muhammad Yunus, apelando ao fim das armas nucleares e das minas antipessoais. “Basta de guerra! São a paz, a justiça e a igualdade que guiam o destino de toda a humanidade. Não ao medo, à violência sexual e doméstica! Que os conflitos armados párem”, pode ler-se.
Terça 12
Vítimas
O Papa presidiu à tradicional homenagem à Imaculada Conceição, no centro de Roma, evocando as vítimas da guerra em todo o mundo e as mães em luto. «Tu, Mãe, dirige o teu olhar de misericórdia para todos os povos oprimidos pela injustiça e pela pobreza, atingidos pela guerra; olha para o martirizado povo ucraniano, para o povo palestino e para o povo israelita, mergulhados de novo na espiral da violência», disse, durante a oração que proferiu na Praça de Espanha, acompanhado por centenas de pessoas. Francisco foi acolhido pelo cardeal D. Angelo de Donatis, vigário para a diocese de Roma, e pelas autoridades civis, onde presidiu à oração, após a entrega simbólica de um ramo de flores. «Precisamos de ti, Mãe, porque tu és a Imaculada Conceição. A tua pessoa, o próprio facto de existires lembra-nos que o mal não tem a primeira nem a última palavra; que o nosso destino não é a morte, mas a vida, não o ódio, mas a fraternidade, não o conflito, mas a harmonia, não a guerra, mas a paz», disse ainda o Santo Padre.
Quarta 13
Presépio
O Papa Francisco evocou o drama das pessoas que habitam a Terra Santa, especialmente as crianças e os seus pais que, explicou, serem quem paga a verdadeira factura da guerra. «Ao contemplarmos Jesus, Deus feito homem, pequeno, pobre, indefeso, não podemos deixar de pensar no drama vivido pelos habitantes da Terra Santa, mostrando a estes nossos irmãos e irmãs, especialmente às crianças e aos seus pais, a nossa proximidade e o nosso apoio espiritual. São eles que pagam a verdadeira factura da guerra» afirmou Francisco ao receber as delegações italianas que este ano ofereceram o Presépio e a Árvore de Natal, da Praça de São Pedro e da Sala Paulo VI. Diante do Presépio, o Papa convidou a reviver o que «aconteceu há dois mil anos» e pediu duas atitudes: silêncio e oração. O Presépio montado na Praça de São Pedro foi oferta de “Valle Reatina” (diocese de Rieti) e a Árvore de Natal de “Valle Maira” (diocese de Saluzzo, no município de Macra, província de Cuneo). O referido Presépio evoca o ambiente natalício do ano 1223, no Vale de Rieti, onde São Francisco parou.
Quinta 14
Escutismo
O líder do Corpo Nacional de Escutas (CNE), no qual o GELMac – Grupo de Escuteiros Lusófonos de Macau está afiliado, desafiou, em Viana do Castelo (Portugal), à partilha da “Luz da Paz de Belém”, para que esta não seja apenas uma vela acesa a arder. «Esta luz só é nossa se nós formos capazes, de facto, de a partilhar, com um sorriso, com um abraço, com um gesto muito concreto, que nós vamos descobrir qual é que é, cada um de nós, à nossa forma, à nossa maneira, um gesto que ajude a construir a paz», sublinhou Ivo Faria (na foto), durante a cerimónia nacional de partilha da “Luz da Paz de Belém”, no Pavilhão Municipal José Natário. A iniciativa teve início 1986, pela mão da “Austrian Broadcasting Company”, como parte de uma actividade de caridade para crianças em dificuldade na Áustria e em países vizinhos, e constitui-se uma tradição partilhada por todos os agrupamentos do CNE e um pouco por todo o País. O bispo de Viana do Castelo, D. João Lavrador, presidiu à celebração e enfatizou a importância da iniciativa no panorama actual, em que conflitos se dividem pelo mundo.