«A porta da esperança foi escancarada para o mundo»

AFIRMOU O PAPA FRANCISCO APÓS PASSAR PELA PORTA SANTA

«A porta da esperança foi escancarada para o mundo»

O Papa Francisco afirmou na homilia da Missa da Noite de Natal, que também assinalou o início do Ano Jubilar com a abertura da Porta Santa, que a «esperança foi escancarada para o mundo»: «Esta é a noite em que a porta da esperança foi escancarada para o mundo; esta é a noite em que Deus diz a cada um: há esperança também para ti».

Francisco presidiu à Missa com rito de abertura da Porta Santa, uma tradição com seiscentos anos que marcou o início solene do Jubileu 2025 e que coincidiu com a celebração dos mil e 700 anos do primeiro concílio ecuménico, o Concílio de Niceia, que determinou a divindade de Jesus, Filho de Deus.

O Papa, transportado em cadeira de rodas, passou a Porta Santa acompanhado por representantes de católicos dos cinco continentes e também por membros de outras Igrejas e comunhões cristãs presentes em Roma, “sinal visível da fé que todos os cristãos partilham em Jesus Cristo, o Verbo feito carne”, indica uma nota do Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos.

De acordo com o documento, a passagem do limiar da Porta Santa por parte dos representantes de Igrejas ecuménicas não é uma “tentativa de os associar a elementos do Jubileu, como a indulgência jubilar, que não estão de acordo com as práticas das suas respectivas comunidades”.

A celebração da Noite de Natal começou no exterior da Basílica de São Pedro, com um momento de preparação que incluiu a leitura de três textos do Antigo Testamento – livros do Génesis, Isaías e Miqueias – que “anunciam a vinda de Cristo Salvador”.

A abertura da Porta Santa acontece, tradicionalmente, na celebração do nascimento de Jesus, incluindo o “anúncio do Natal”.

Antes da Missa, decorreu o rito que marca o início do Jubileu, “tempo da misericórdia e do perdão”, iniciando-se com uma antífona, seguida da oração do Papa, para que “se abra a cada homem e mulher o caminho da esperança que não desilude”.

Após a leitura de uma passagem do Evangelho segundo São João, Francisco aproximou-se da Porta Santa, altura em que decorreu o diálogo explicativo da abertura ritual: «Esta é a porta do Senhor: por ela entram os justos. Abri-me as portas da justiça: entrarei nelas para dar graças ao Senhor» (Salmo 118).

O Papa abriu a porta em silêncio, recolhendo-se em oração, seguindo-se o toque dos sinos, entrando depois na Basílica acompanhado pelos representantes de católicos dos cinco continentes e por convidados de outras confissões cristãs, ao som do hino jubilar, “Peregrinos da Esperança”.

Na bula de proclamação do 27.º jubileu ordinário da história da Igreja Católica, intitulada Spes non confundit (“A esperança não desilude”), o Papa Francisco propõe um cessar-fogo global e o perdão das dívidas aos países pobres.

«Que o primeiro sinal de esperança se traduza em paz para o mundo, mais uma vez imerso na tragédia da guerra», pediu Francisco.

Depois da Missa da Noite de Natal, no Vaticano, decorreu o evento “Note del Natale – Speciale Giubileo” (“Notas de Natal – Especial Jubileu”), uma celebração cultural que teve transmissão desde a Praça de São Pedro, com a presença de Andrea Bocelli, Claudio Baglioni, Giovanni Allevi, o coro da Capela Juliana da Basílica de São Pedro, a violinista Anastasiya Petryshak e o bailarino Roberto Bolle.

In ECCLESIA

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