Trabalho forçado

Coreia do Norte acusada de exploração

A Human Rights Watch (HRW) instou ontem a Coreia do Norte a acabar com o trabalho forçado, acusando o País de «exploração predatória», quando Pyongyang está prestes a assinalar os 70 anos do Partido dos Trabalhadores, no poder desde 1945.

A organização de defesa dos Direitos Humanos acusa o regime de coagir os seus cidadãos a trabalharem de graça como uma forma de controlar o seu próprio povo, sustentar a economia e manter o poder.

«Não podia haver um contraste maior entre a ficção do paraíso proletário da Coreia do Norte e a realidade do sistema do Governo que força as pessoas a trabalharem de graça para construir a economia», disse o director da Human Rights Watch para a Ásia, Phil Robertson.

A HRW refere que o trabalho forçado «domina» a vida dos norte-coreanos, revelando que estudantes confirmaram que tiveram de trabalhar dois meses por ano em campos agrícolas sem receber qualquer pagamento.

A HRW reforça ainda que, nos últimos anos, este sistema se tornou o pilar da economia, com o Governo a tentar compensar a falta de mão-de-obra resultante da grande fome dos anos 1990.

A Coreia do Norte celebra amanhã o aniversário do Partido dos Trabalhadores, com uma enorme parada militar, concertos, exposições e espectáculos. Novas estátuas dos antigos líderes do País foram já erguidas.

 

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