Adoração, Oração, Formação, Partilha e Procissão
Seis crianças receberam o Sacramento da Eucaristia (Primeira Comunhão) na missa dominical em Português do dia 11 de Junho, na Sé Catedral.
No final da Missa, o padre Daniel Ribeiro, SCJ, lembrou que «a Primeira Comunhão não é o fim do percurso da formação cristã, mas o seu início». «Depois virá a Profissão de Fé e o Crisma», apontou.
O sacerdote agradeceu «aos pais, familiares e a todos aqueles que contribuíram para a formação da fé destas crianças».
A tradição de celebrar a Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo (Corpus Christi), retomada durante a vigência do bispo D. Stephen Lee, voltou a ser uma realidade no último Domingo, após três anos de interregno devido à pandemia de Covid-19.
A celebração de Corpus Christi arrancou no sábado, 10 de Junho, com a iniciativa “24 horas de Adoração do Santíssimo” e Oração de Vésperas com Sermão. No dia seguinte, para além das missas celebradas no horário habitual, houve Formação e Partilha. Ao início da tarde, a Procissão de Corpus Christi saiu à rua, com partida e chegada na Sé Catedral.
A PROCISSÃO DE CORPUS CHRISTI
Muito cedo (no Século XIV) se desenvolveu o costume de levar o Santíssimo Sacramento em procissão pelas cidades, após a Missa do dia de Corpus Christi. Tal foi encorajado pelos Papas, alguns dos quais chegaram a conceder indulgências especiais a todos os participantes. O Concílio de Trento (1545-1563) aprovou e recomendou solenemente a Procissão de Corpus Christi como profissão pública da fé católica na presença real de Cristo no Santíssimo Sacramento.
Durante o final da Idade Média estas procissões transformaram-se em esplêndidas manifestações de devoção e honra ao Santíssimo Sacramento. Ainda hoje são realizados, cumprindo os antigos costumes, em Itália, França, Espanha, Portugal, Áustria, Bélgica, Irlanda, e nas secções católicas na Alemanha, Holanda, Suíça, Canadá, Hungria, nos países eslavos e na América do Sul. Soberanos e príncipes, presidentes e ministros de Estado, magistrados, membros de associações comerciais e artesanais, e guardas de honra das Forças Armadas acompanham a procissão litúrgica enquanto os sinos das igrejas ressoam, bandas tocam hinos sagrados e os fiéis se ajoelham à porta das suas casas para adorar o Senhor Eucarístico. As casas ao longo do percurso da Procissão são decoradas com pequenos arbustos e ramos verdes. Velas e quadros enfeitam as vitrinas, e em muitos lugares, especialmente nos países latinos, as ruas são cobertas com tapetes de relva e flores, muitas vezes trabalhados com belos desenhos.
Um ritual especial e atraente na Procissão é a adaptação do antigo uso romano das “Estações”. São realizadas curtas paragens em vários pontos do percurso, sendo o Santíssimo Sacramento colocado num altar e uma passagem do Evangelho é cantada, seguindo-se a entoação de um hino e uma oração litúrgica pela bênção de Deus sobre a cidade, o povo e a colheita. Uma bênção eucarística conclui cada estação. Este ritual, aprovado pelo Papa Martinho V (1431), ainda é observado em todas as secções católicas da Europa Central e em alguns países latinos.
J.M.E. / P.L.D.