PADRES ADRIANO SERRO AGOSTINHO E CHAN PAK LAM BOSCO: DOIS NOVOS SACERDOTES PARA A DIOCESE DE MACAU

PADRES ADRIANO SERRO AGOSTINHO E CHAN PAK LAM BOSCO: DOIS NOVOS SACERDOTES PARA A DIOCESE DE MACAU

«Tu és sacerdote para sempre» (Sl., 110, 4; Hb., 7, 17)

O sábado, 31 de Agosto de 2024, ficará na história de Macau como um dia de graça. A chuva que caiu de manhã testemunhou a abundância do espírito vivificante de Deus e a Sua bênção.

Dois novos sacerdotes, dois filhos desta terra, o diácono Adriano Serro Agostinho, natural de Macau, e o diácono Chan Pak Lam Bosco, de Hong Kong, receberam o Sacramento da ordenação sacerdotal das mãos do bispo de Macau, D. Stephen Lee, numa Santa Missa concelebrada pelos sacerdotes da diocese de Macau (diocesanos e religiosos) e muitos outros que vieram de Hong Kong e de mais dioceses.

Cada sacerdote tem uma história para contar sobre o que Deus fez por ele na sua vida, a viagem épica que o levou ao Sacerdócio. Adriano terminou a sua licenciatura em Medicina e preparava-se para ser médico profissional e Bosco estava a desfrutar da sua carreira de professor quando Deus o chamou. O caminho do Seminário foi um longo processo de discernimento, oração, meditação, estudo, vida comunitária e imersão na Igreja diocesana, por meio do qual os dois novos sacerdotes, com a graça do Espírito Santo e o acompanhamento dos seus formadores, directores espirituais e do seu bispo, puderam crescer na fé e no amor a Cristo e à Sua Igreja.

Um dos momentos mais emocionantes da cerimónia de ordenação foi quando os pais do padre Bosco e do padre Adriano ofereceram ao Bispo a patena e o cálice. A patena e o cálice são consagrados para conter o Santíssimo Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. Aí são elevados pelo sacerdote no ponto alto da Santa Missa, para que o povo se associe à oferta de Cristo ao Pai pela salvação do mundo. Este é o grande “Amém!” da Assembleia. Os pais dos novos sacerdotes ofereceram os seus filhos à Igreja. Esta oferta implica que eles, como sacerdotes, se ofereçam a si próprios com Cristo como sacrifício vivo e santo na Eucaristia. Começam a actuar “in persona Christi”, isto é, “na pessoa de Cristo”, em cada Eucaristia e são chamados a oferecer a sua vida “com Ele, por Ele e para Ele”. Oferecendo-se com Cristo na Santa Missa e na sua vida quotidiana, convidam todos os fiéis a entrar nesta dinâmica do amor divino que é dom, oferta, serviço alegre e confiado à Igreja e ao mundo para a glória de Deus.

O Senhor chamou e enviou estes dois jovens sacerdotes à nossa diocese de Macau. Eles são um dom de Deus; por isso, devemos acolhê-los com muito amor e fé. As palavras de Adriano à comunidade de Macau reflectem a sua humildade e franqueza: «– Sou um sacerdote para vós, e espero que me acompanheis e saibais corrigir-me quando erro. Mas façam-no com prudência e em privado». Nós, padres, somos pessoas falíveis e fracas que precisam da oração e do apoio dos fiéis.

Outra parte emocionante da celebração foi a unção das mãos dos dois novos sacerdotes. As mãos de um sacerdote são santas porque, ungidas com a força do Espírito, se tornaram as mãos de Cristo. Manuseiam coisas santas. São instrumentos do amor de Deus que se entrega ao Seu povo. Pela oração do bispo e pela imposição das suas mãos, um novo padre participa no tríplice ministério de Cristo como sacerdote, profeta e pastor. Como Maria que segura Jesus nas suas mãos, assim, o padre, segura Cristo nas suas, enquanto celebra a Liturgia e os Sacramentos, conduzindo o povo na oração. Como Maria, que apresenta Jesus como Palavra, assim o sacerdote ensina, prega e explica aos homens a Palavra de Deus. E como Maria, que deu tudo para servir o seu Filho, assim o padre apascenta o rebanho, conduzindo-o e amando-o, cuidando dos mais pobres e necessitados. É por isso que ser padre, participando no tríplice ministério de Cristo, é uma vocação sublime. É uma vida de serviço desinteressado.

A missão do padre ultrapassa todas as suas forças e capacidades. Mas é Deus que nos chama e nos dá o Seu Espírito para que a nossa vida seja uma missa contínua. Rezemos pelo padre Adriano e pelo padre Bosco, os nossos novos sacerdotes, e comprometamo-nos a acompanhá-los e a encorajá-los no seu serviço à Igreja e ao mundo.

Pe. Eduardo Emilio Agüero, SCJ

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