Mostra de Teatro dos Países de Língua Portuguesa

Denúncia às chagas sociais.

Jorge Martins, do grupo cénico Juventude em Marcha, faz teatro há cerca de quarenta anos. Natural de Cabo Verde, actuou ontem em Macau com César Lélis, os protagonistas da peça “Preto no Branco”.

«Abarcamos a exclusão, o racismo e a discriminação social. Queremos com esta peça mostrar essa vertente da imigração; saber o que o imigrante passa em terras longínquas» explicou Jorge Martins, a poucas horas de entrar em cena no Edifício do Antigo Tribunal, onde decorre a Mostra de Teatro dos Países de Língua Portuguesa, inserida na 8ª Semana Cultural da China e dos PLP.

«Não basta ser indocumentado ou ilegal para ter esse tratamento, como é o caso dos dois irmãos que imigraram para a Europa. Mostramos que é preciso combater essas chagas sociais e dar a oportunidades a todos os seres humanos, que são cidadãos do mundo em qualquer parte onde estão», frisou, a propósito da peça “Preto no Branco”. Sidnei Lopes é o responsável pela parte técnica do grupo cabo-verdiano.

A Mostra de Teatro teve início, na passada terça-feira, com a actuação do grupo local Band’arte, que interpretou “Na Terra dos Sonhos”. No dia seguinte entraram em cena Os Fidalgos, da Guiné-Bissau, com “Mistida”. Já o Núcleo Vinícius Piedade & Cia, do Brasil, sobe hoje ao palco, pelas 20 horas, para interpretar o “Cárcere”.

As companhias da Guiné-Bissau (15 horas) e do Brasil (20 horas e 30) voltam a entrar amanhã em cena, tendo de premeio o Grupo Teatral HenriqueArtes (17 horas e 30), de Angola, com a peça “Passageira 640”. No Domingo, último dia do certame, regressam ao palco os grupos cénicos de Macau (15 horas), de Cabo Verde (17 horas e 30) e de Angola (20 horas e 30).

O evento, organizado pelo Secretariado Permanente do Fórum Macau, é coordenado pelo Instituto Português do Oriente.

P.D.O.

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