Torneio da Amizade por uma maior integração
Cerca de cinquenta crianças e jovens do Grupo de Escuteiros Lusófonos e da Macau Special Olympics disputaram, no passado fim-de-semana, a edição inaugural do Torneio da Amizade. Sem pendor competitivo, a prova teve como grande objectivo contribuir para a inclusão social dos jovens com deficiência de natureza intelectual.
As instalações da Escola Portuguesa de Macau (EPM) foram palco, no passado sábado, 11 de Fevereiro, da edição inaugural do Torneio da Amizade, uma iniciativa organizada em conjunto pelo Grupo de Escuteiros Lusófonos de Macau (GELMac) e pela Macau Special Olympics.
Entre crianças e dirigentes de ambas as entidades, o evento reuniu cerca de cinquenta participantes. O certame, com uma faceta mais lúdica do que propriamente competitiva, teve como grande objectivo promover a inclusão, o espírito de camaradagem e o conhecimento mútuo entre os membros do movimento escutista católico do território e cerca de duas dezenas de crianças e jovens com necessidades especiais da Macau Special Olympics. «Obviamente, o objectivo não era o de competir, mas sim conviver, promovendo o espírito de tolerância e integração, num ambiente descontraído e alegre. A iniciativa correu muito bem e é para repetir. É sempre frutuoso para ambas as partes», explicou Armindo Vaz, dirigente do GELMac, em declarações a’O CLARIM.
A primeira edição do Torneio da Amizade foi disputada em modalidades como futebol, basquetebol e andebol. As provas foram realizadas por equipas mistas, constituídas por elementos de ambas as organizações, com um número pré-definido de escuteiros a juntar forças com um número similar de crianças da Macau Special Olympics. Concebida com o intuito de promover a inclusão e a entreajuda, a iniciativa foi conduzida ao abrigo do plano específico de actividades direccionadas para a secção dos Exploradores, os escuteiros com idades compreendidas entre os dez e os catorze anos. «Nesta primeira edição do Torneio da Amizade participaram cerca de vinte jovens com deficiências de natureza intelectual da Macau Special Olympics e outros tantos exploradores do GELMac, para além de dirigentes de ambas as associações. A iniciativa incluiu actividades de desanuviamento e torneios de futebol, basquetebol e andebol», acrescentou Armindo Vaz.
A competição foi a primeira do género organizada pelo Grupo de Escuteiros Lusófonos, em colaboração com a Macau Special Olympics, mas o movimento escutista católico local já promoveu iniciativas de natureza similar com outras instituições da RAEM. O resultado agradou aos responsáveis do GELMac, que querem repetir o torneio com maior regularidade. «Esta iniciativa surgiu na sequência de outras do género efectuadas no passado, nomeadamente com o orfanato da Penha. É para repetir, sem dúvida», reafirmou o dirigente.
M.C.