Acções “espirram” em Hong Kong
As acções do grupo chinês Fosun, dono de várias empresas em Portugal e accionista maioritário do banco Millenium BCP (presente em Macau), recuaram ontem, após a demissão de dois altos executivos da empresa, incluindo o presidente executivo (CEO).
O grupo anunciou na terça-feira que Liang Xinjun, CEO e um dos quatro fundadores do grupo, se demitiu, devido a “motivos de saúde” não especificados.
Também de saída da firma chinesa está Ding Guoqi, vice-presidente executivo, neste caso para “passar mais tempo com a família”.
As acções do Fosun International na bolsa de Hong Kong encerraram ontem a cair 1,19 por cento.
O presidente do Fosun, Guo Guangchang, admitiu que as demissões vão ter efeitos na empresa.
“A partida de Ding Guoqi e Xinjun, em particular a de Xinjun, devido a motivos de saúde, vai ter impacto no Fosun a curto prazo”, afirmou Guo, citado pela Imprensa chinesa.
As demissões surgem na mesma semana em que o conglomerado chinês declarou um aumento homólogo de 28 por cento nos lucros líquidos, em 2016, para 10,3 mil milhões de renmimbis.
Em Portugal, o Fosun comprou a seguradora Fidelidade (também presente em Macau), por mil milhões de euros, e o grupo de prestação de cuidados de saúde Luz Saúde, por 478 milhões de euros.
O grupo chinês é também o maior accionista do Millenium BCP, o maior banco privado português, com uma participação social de 16,7 por cento.
Nos últimos anos, o Fosun investiu mais de 15 mil milhões de dólares norte-americanso além-fronteiras, tornando-se um dos principais actores do investimento externo chinês.