Arraial de São João

FESTA DO PADROEIRO DA CIDADE VAI CONTINUAR SEM PROCISSÃO

Arraial de São João com mais bancas e actuações

A Comissão Organizadora do Arraial de São João, constituída pelas principais associações de matriz portuguesa, não tenciona reabilitar, pelo menos a breve trecho, a procissão que durante décadas foi um dos pontos altos das festas do padroeiro da cidade. A possibilidade foi abordada esta quinta-feira, durante a conferência de Imprensa de apresentação do certame.

Com um orçamento da ordem do meio milhão de patacas, suportado em grande medida pela Direcção dos Serviços de Turismo, a 13ª edição do Arraial de São João realiza-se este ano nos dias 22 e 23 de Junho, e traz ao território os Senza, dupla aveirense de “world music” constituída pelos músicos Catarina Duarte e Nuno Caldeira.

Com uma natureza marcadamente popular, o Arraial de São João vai este ano levar às ruas do Bairro de São Lázaro um maior número de bancas e contar ainda com mais bandas e grupos artísticos locais. «O arraial tem um formato semelhante ao dos anos anteriores. Esperamos que seja uma festa de rua, um arraial de comes-e-bebes, de artesanato e de manifestações artísticas», salientou o presidente da Associação dos Macaenses, Miguel de Senna Fernandes.

Ao longo dos dois dias do arraial deverão passar pelo palco montado no largo fronteiro à igreja de São Lázaro uma dezena de bandas e de grupos artísticos. Já bancas de venda de artesanato e de comes-e-bebes deverão ser cerca de quatro dezenas e meia, de acordo com a comissão organizadora do evento.

A exemplo do que tem sucedido nas anteriores edições, o Arraial de São João arranca ao início da tarde de sábado, com a celebração de uma missa na igreja de São Lázaro. A “bênção do arraial”, como Miguel de Senna Fernandes denominou a cerimónia, deverá continuar a ser a única celebração de cariz religioso associada às festas do padroeiro da cidade. O presidente da Associação dos Macaenses e da Associação Promotora da Instrução dos Macaenses (APIM) diz que a comissão organizadora do arraial não tem planos para reabilitar a procissão que outrora percorria as ruas da cidade no dia de São João. «Era bom que pudéssemos vir a organizar a procissão, mas neste momento não está nos nossos planos. O arraial é, por si só, uma conquista. Se houver condições para enriquecer a festa de São João, é claro que pensaremos nessa possibilidade», admitiu o dirigente. «A procissão implicaria o envolvimento de outras entidades. A própria Diocese teria que ser chamada à colação. Neste momento, o mais importante mesmo é sedimentar o Arraial de São João», acrescentou Senna Fernandes.

A Comissão Organizadora do Arraial de São João é constituída pela Associação dos Macaenses, Casa de Portugal, Associação Promotora da Instrução dos Macaenses, Associação dos Jovens Macaenses, Instituto Internacional de Macau e pela APOMAC – Associação dos Aposentados, Reformados e Pensionistas de Macau.

Marco Carvalho

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