FACULDADE DE CIÊNCIAS RELIGIOSAS E FILOSOFIA DA UNIVERSIDADE DE SÃO JOSÉ PROMOVE CICLO DE CONFERÊNCIAS

FACULDADE DE CIÊNCIAS RELIGIOSAS E FILOSOFIA DA UNIVERSIDADE DE SÃO JOSÉ PROMOVE CICLO DE CONFERÊNCIAS

No Ano da Oração, destaque para a alma da Igreja

O padre Eduardo Emilio Agüero, SCJ, é o orador convidado da primeira de nove conferências com que a Faculdade de Ciências Religiosas e Filosofia da Universidade de São José respondeu ao apelo feito pelo Papa Francisco, em Janeiro último, para que a Igreja universal preparasse o Jubileu Extraordinário da Misericórdia, que se celebra em 2025, por intermédio da oração. A conferência proferida pelo padre Eduardo está agendada para 27 de Outubro, na igreja da Sé Catedral.

As dioceses, paróquias e comunidades católicas de todo o mundo foram, no início deste ano, instruídas pelo Papa Francisco a “redescobrir o grande valor e a necessidade absoluta da oração”, bem como a promover momentos individuais e colectivos de introspecção, contemplação e diálogo com Deus.

No que respeita a Macau, para além da vivência da oração, a Faculdade de Ciências Religiosas e Filosofia da Universidade de São José (USJ) fomenta uma maior compreensão sobre um preceito fundamental na vida da Igreja – um acto que nos coloca em diálogo connosco mesmos e com Deus. «2024 é um ano de oração, em preparação para o Ano do Jubileu, que inicia em Dezembro. O Ano do Jubileu tem como lema “Peregrinos da Esperança”. Para o preparar, o Papa pediu que se fizesse um Ano de Oração. O foco está na oração. Está no Pai Nosso, está na oração de um modo geral. Está em aceitar o acompanhamento de Deus nas nossas vidas», disse o padre Eduardo, em declarações a’O CLARIM.

«Sendo jesuíta, o Papa salienta sempre a necessidade, a importância, do acompanhamento espiritual. Para crescemos na oração, precisamos de acompanhamento espiritual. É por isso que como Igreja, seguindo o pedido do Papa Francisco, temos de mostrar, temos de consciencializar sobre a importância da oração, como forma de reforçar a confiança em Deus e incentivar o crescimento da espiritualidade», acrescentou o sacerdote dehoniano.

O ciclo de nove conferências, que arranca no último fim-de-semana deste mês, tem como objectivo dar um “humilde contributo” para o enraizar da prática da oração nos lares católicos de Macau. É também uma forma da Igreja local se mostrar disponível para acompanhar todos aqueles que fazem da oração uma “arma” quotidiana. «Trata-se de um contributo muito humilde. Há pessoas em Macau que têm uma espiritualidade muito profunda e estas palestras têm, simplesmente, o intuito de ajudar a acompanhar essas pessoas, dando-lhes a entender que a oração é a alma da Igreja. Não temos outras pretensões», assegurou o padre Eduardo. «Queremos mostrar que este esforço da Faculdade de Ciências Religiosas e Filosofia em organizar estas nove conferências é válido. É um contributo muito humilde, muito pequeno, mas é algo que tem que ser feito. Tomara que as pessoas gostassem cada vez mais da oração e encontrassem o desafio de adoptar o hábito da oração, porque o começo é difícil. O começo é árduo, mas a perseverança ajuda-nos e encontrar a alegria do Ressuscitado dentro de nós», referiu.

Ao padre Eduardo cabe, a 27 de Outubro, abrir o Ciclo de Conferências com uma intervenção sobre Santa Teresa de Ávila, carmelita que a Cúria Romana investiu com o título de “Grande Doutora da Oração”. O sacerdote explicou ainda a razão de ter escolhido Santa Teresa de Ávila para tema da palestra, em língua inglesa, que vai proferir na Sé Catedral, a partir das 16 horas e 30. «Quando me pediram para participar, disse logo que se a ideia era falar de oração, que falaria de Santa Teresa de Ávila. Tenho uma experiência muito pessoal com ela. Eu li, leio e medito sobre os seus ensinamentos acerca da oração. Ela é a guia ideal no que toca à oração, porque demonstra, através da sua experiência de vida, a relevância e a importância da oração», vincou, concluindo de seguida: «Ela revela essa experiência em “O Livro da Vida”. O “Livro da Vida” foi escrito porque o seu director espiritual lhe pediu. Ela era muito obediente, muito cândida, muito natural. Escreve como fala, é muito espontânea, e isso faz com que a sua escrita possua uma afectuosidade humana muito grande. Mesmo que tenha vivido há muito tempo, as suas palavras e os seus ensinamentos ainda hoje vão ao essencial, que é o encontro com Cristo, com a comunidade de Cristo. Falar com Cristo, que mora dentro de nós, da mesma forma que nós moramos n’Ele».

M.C.

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