Claretianos da Ásia Oriental reuniram-se em Osaka

DESAFIOS DA IGREJA CATÓLICA NO JAPÃO ESTIVERAM EM FOCO

Claretianos da Ásia Oriental reuniram-se em Osaka

Vinte e nove missionários claretianos participaram, entre 2 e 6 de Maio, no Japão, no retiro anual da delegação da Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria. A iniciativa, que decorreu no Centro de Retiros Passionista, em Osaka, teve o padre Mario Kevin Armijo como orientador espiritual. Antigo funcionário da Cúria Geral, o missionário hondurenho é um dos responsáveis pelo Centro de Espiritualidade Claretiana, um “think tank” localizado em Vic, na Catalunha (Espanha).

O encontro foi o primeiro a reunir os sacerdotes da Congregação em mais de cinco anos. No retiro participaram membros de comunidades claretianas do Japão, Taiwan, Hong Kong, Macau e da China continental. Entre os presentes esteve o padre Jijo Kandamkulathy, responsável pela subsidiária das Publicações Claretianas em Macau, e também o padre Jojo Ancheril, que dedicou à comunidade católica do território vários anos de serviço missionário.

Um dos pontos altos do encontro decorreu logo a 2 de Maio, quando D. Josep Maria Abella, antigo Superior-Geral dos Claretianos, se dirigiu aos participantes no retiro.

Actual bispo da diocese da Fukuoka, D. Abella expressou satisfação por poder reunir com os seus irmãos, antes de abordar os desafios com que a Igreja Católica se depara no Japão. Para além de ter presidido à celebração de uma missa, o missionário espanhol falou sobre a sua vida e sobre o propósito da sua missão na diocese que dirige desde 17 de Maio de 2000.

De acordo com o portal dos missionários claretianos, o prelado explicou que os três séculos de perseguição a que a Igreja Católica foi alvo no Japão deixaram sequelas e levaram os católicos nipónicos a viver a sua fé em segredo, tanto no seio da comunidade, como da própria família. Impossibilitados de professar a fé abertamente, os católicos do Japão continuam, ainda hoje, a interiorizar a sua fé, uma prática que influenciou o funcionamento e a própria natureza da Igreja no Japão.

O bispo de Fukuoka traçou, depois, o retrato da população católica no País: uma comunidade envelhecida, com poucos baptismos e praticamente sem novas vocações sacerdotais e religiosas. Dada a natureza dos desafios, o antigo Superior-Geral dos Claretianos assumiu como sua a missão de impulsionar a redescoberta da fé por parte da população japonesa.

M.C.

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