150 anos em Missão.
Os Missionários Combonianos do Coração de Jesus assinalaram, no passado sábado, os 150 anos da sua fundação em Verona (Itália) e os 25 anos da chegada a Macau, com celebração eucarística na igreja de São José Operário, presidida pelo bispo D. Stephen Lee, seguida de um momento de convívio.
«Nestes 25 anos de presença na Cidade do Santo Nome estivemos e estamos ao serviço da diocese de Macau nas tarefas de primeira evangelização e trabalho pastoral, bem como no apoio à Igreja na China através do projecto Fen Xiang», disse a’O CLARIM o padre Manuel Machado.
«Olhando para a nossa presença em Macau podemos dizer que foram anos difíceis mas muito ricos», referiu o pároco da igreja de São José Operário, acrescentando: «foram difíceis por ser um campo de trabalho novo para a nossa congregação, com a aprendizagem da língua chinesa, uma cultura e ambiente físico totalmente diferente do que era a nossa tradição, especialmente em África e na América Latina».
Ao mesmo tempo, acentuou que foi enriquecedor, porque abriu novos horizontes ao carisma missionário da congregação, ao estilo Ad Gentes [para as gentes], e à maneira de “fazer missão”, deixando eles de ser os protagonistas desse trabalho, para dar mais espaço às pessoas que encontraram e, sobretudo, ao espírito de Deus.
Quanto à presença dos Missionários Combonianos no Sudeste Asiático, o também chanceler da diocese de Macau apontou duas vertentes que se completam e são parte do ADN da congregação. A primeira é a evangelização e a segunda é a animação missionária. Ou seja, o serviço pastoral ao serviço da Igreja e a animação missionária do povo de Deus.
«Nesta animação missionária incluímos também a promoção de novas vocações missionárias. Neste trabalho de animação missionária é de destacar a revista World Mission, por nós editada nas Filipinas. Aliás, em muitos dos países onde estamos presentes temos as publicações missionárias como meio privilegiado de animação missionária, como são os das revistas Além-Mar e Audácia em Portugal», descreveu.
O padre Paolo Consonni, também comboniano, salientou que a missão em Macau assenta no trabalho pastoral, apoiando a Diocese na parte norte da cidade, onde foi constituída uma comunidade, tornando-se mais tarde na Quase-Paróquia de São José Operário.
«Julgo que ao longo destes anos mostrámos a catolicidade da Igreja, porque vieram combonianos de vários continentes que ajudaram no trabalho de evangelização, especialmente dos não-cristãos», frisou.
O sacerdote realçou também o papel dos combonianos na Igreja no continente chinês e na ajuda em tornar Macau como ponte da Igreja entre a China e resto do mundo, através do projecto Fen Xiang. De igual forma, sublinhou a importância de desenvolver o ministério em Mandarim, direccionado para os falantes desta língua em Macau.
PEDRO DANIEL OLIVEIRA