Cervejarias portuguesas são nicho de mercado por explorar na RAEM

Marisco para todos

Os “chefs” portugueses José Júlio Vintém e Francisco Pires, que estiveram em Macau a convite do Clube Militar para a edição deste ano do “Festival de Gastronomia e Vinhos de Portugal”, referiram a’O CLARIM que o conceito de cervejarias viradas para a confecção de marisco à moda portuguesa «podem singrar com bastante facilidade» no território.

«Nos dias que passei em Macau identifiquei vários produtos que podem ser adaptados à nossa gastronomia, tais como, a lagosta, as lulas, o berbigão e a amêijoa. Encontrei também um tipo de camarão com sabor muito parecido com o nosso camarão da costa, e o camarão de cauda azul com paladar bastante idêntico ao camarão do rio Sado», descreveu José Júlio Vintém, “chef” do restaurante “Tomba Lobos”, na zona de Portalegre.

«Os chineses gostam muito de marisco quente e em Portugal fazem-se bons perceves cozidos na água, com sal e malaguetas», exemplificou Francisco Pires, “chef” do restaurante “Mega Food Gym” (Lisboa), que assistiu José Júlio Vintém no evento organizado pelo Clube Militar.

«As águas que banham a costa da China são mais quentes e têm menor concentração de iodo do que em Portugal. O iodo dá sabor à amêijoa, por isso é importante respeitar os tempos de cocção [cozedura], por exemplo, das amêijoas à bulhão pato», acrescentou Francisco Pires.

Quanto à gastronomia cantonense, José Júlio Vintém fez uma interessante revelação: «Devo dizer que comi coisas verdadeiramente surpreendentes, como foi o caso dos “dim sum”».

P.D.O.

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