Terrorismo

Bispos pedem «resposta do mundo civilizado»

A Comissão dos Episcopados Católicos da União Europeia (COMECE) reagiu, no passado sábado, aos atentados de Paris, defendendo a necessidade de uma «frente europeia unida contra a ameaça terrorista».

«As forças que ameaçam a região não conhecem fronteiras, daí que seja imperativo que os chefes de Estado dos 28 países membros da União Europeia trabalhem em conjunto e de forma mais eficaz em prol da segurança das suas populações, da liberdade das pessoas e de um futuro em conjunto», frisou o secretário-geral do organismo, padre Patrick Daly.

No comunicado enviado à ECCLESIA, os bispos europeus unem-se em solidariedade para com o povo francês, e na oração pelas vítimas dos atentados e suas famílias.

«Nem a França nem a Europa devem ceder ao terror e à violência. A barbárie que assistimos em Paris apela a uma resposta do mundo civilizado», reforçam os membros da COMECE, que tem como representante português D. António Marto, bispo de Leiria-Fátima e vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa.

 

Papa sem medo

O secretário de Estado do Vaticano rejeitou qualquer alteração na agenda do Papa após os atentados da última sexta-feira em Paris, e afirmou que os terroristas procuram criar «medo».

«O que aconteceu em França mostra, de uma maneira ainda mais poderosa, que ninguém está a salvo do terrorismo. O Vaticano pode ser um alvo por causa do seu significado religioso», admitiu o cardeal D. Pietro Parolin, em entrevista ao jornal católico francês La Croix.

O responsável sublinhou que um aumento das medidas de segurança no Vaticano não pode «paralisar com o medo» a actividade no pequeno Estado. «Isto não muda nada da agenda do Papa, que vai continuar», precisou.

D. Parolin comentou, em particular, as iniciativas previstas para o Ano Santo extraordinário, o Jubileu da Misericórdia, entre Dezembro de 2015 e Novembro de 2016. «Agora é o tempo certo para lançar uma ofensiva de misericórdia», observou, dando uma «resposta positiva ao mal».

Nesse sentido, o secretário de Estado do Vaticano disse que as portas estão abertas para os muçulmanos, pedindo uma «mobilização geral» para erradicar o terrorismo, nos campos da política e da religião. «A violência cega é intolerável, qualquer que seja a sua origem» denunciou.

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