SÃO CLÁUDIO LA COLOMBIÈRE É CELEBRADO A 15 DE FEVEREIRO

SÃO CLÁUDIO LA COLOMBIÈRE É CELEBRADO A 15 DE FEVEREIRO

O difusor do Sagrado Coração de Jesus

São Cláudio La Colombière foi um sacerdote jesuíta, confessor de Santa Marguerite-Marie Alacoque (1647-1690). Nasceu a 2 de Fevereiro de 1641, em Saint-Symphorien-d’Ozon, Dauphiné, no Reino de França. Morreu a 15 de Fevereiro de 1682, aos 41 anos, em Paray-le-Monial, na Borgonha. Foi beatificado a 16 de Junho de 1929, pelo Papa Pio XI, tendo sido canonizado por João Paulo II, a 31 de Maio de 1992.

A sua vida foi curta, mas intensa, tendo ficado marcada pelo papel que desempenhou na difusão da devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Esse papel está em relação com o múnus de director espiritual de Marguerite Marie Alacoque, a religiosa que discerniu sobre a revelação que recebeu em torno daquela devoção. Também demonstrou virtude heroica durante o seu cativeiro, o que enfraqueceu a sua saúde e lhe causou morte prematura.

Nasceu no seio de uma família da burguesia, tendo ingressado na Companhia de Jesus aos dezassete anos. Após a profissão solene, que decorreu em 1674, cinco anos depois de ser ordenado sacerdote, foi destinado ao pequeno colégio de Paray-le-Monial, onde se tornou confessor do mosteiro feminino da Visitação (ordem das Visitandinas) que ali existia. A tímida religiosa que era Margarida acreditava ter recebido espiritualmente confidências do Coração de Jesus. Confiou-as então ao confessor, o padre Claude de La Colombière, que logo compreendeu as revelações da religiosa. Esta dizia que Jesus lhe dissera que enviaria um servo fiel e amigo perfeito para a ajudar, tendo Margarida reconhecido o padre Claude nessas funções. A eleição da confiança no sacerdote deriva do cepticismo com que todos receberam as revelações de Margarida. O jovem jesuíta torna-se dessa forma o instrumento pelo qual se difundirá na Igreja o culto do Coração trespassado de Jesus.

Nomeado em 1675 pregador da duquesa de York, em Londres, passou dois anos em Inglaterra. Embora a Inglaterra fosse oficialmente não católica, o Rei Carlos II permitiu que o seu irmão, o duque de York, tivesse uma capela no palácio. Foi então um grande pregador da mensagem do amor de Cristo pelos homens, simbolizado pelo Seu Sagrado Coração. Os seus sermões tocaram o coração da duquesa, pelo que ela se tornou a primeira pessoa de sangue real a solicitar ao Papa Inocêncio XII que instituísse uma festa solene em homenagem ao Sagrado Coração de Jesus. Foi traído por um compatriota, que o difamou junto da Corte, acusando o sacerdote jesuíta de falar traiçoeiramente sobre o rei e o parlamento, pelo que foi preso no Outono de 1678.

O padre Colombière, minado pela tuberculose, regressou a França, para o colégio jesuíta de Lyon. Dali foi para Paray-le-Monial, em 1681. Marguerite-Marie ter-lhe-á avisado de que Jesus lhe dissera que queria o sacrifício da vida do padre Claude no seu país. Foi precisamente em França que morreu aos 41 anos. Os seus escritos expressam uma bela harmonia entre a espiritualidade de Santo Inácio de Loyola e a de São Francisco de Sales.

Vítor Teixeira

Universidade Fernando Pessoa

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