Pobres e marginalizados ensinam a manter a esperança
O Papa Francisco disse que os pobres e marginalizados ensinam a «manter» a esperança, convidando todos a construir pontes em vez de muros.
«Esperamos porque muitos irmãos e irmãs nos ensinaram a esperar e mantiveram viva a nossa esperança. Entre eles, destacam-se os pequenos, os pobres, os simples e os marginalizados, sim, porque não conhece a esperança quem se fecha no próprio bem-estar», declarou, na audiência pública semanal, perante milhares de pessoas reunidas na sala Paulo VI, no Vaticano.
O Papa, que está a apresentar um ciclo de reflexões sobre a esperança, sublinhou que ninguém aprende «sozinho» a esperar, porque esta virtude exige a ajuda e o exemplo da comunidade.
«Quem espera são aqueles que experimentam, em cada dia, a provação, a precariedade e os próprios limites. Esses nossos irmãos dão o testemunho mais bonito, mais forte, porque permanecem firmes na confiança em Deus, sabendo que além da tristeza, da opressão e da inevitabilidade da morte, a última palavra será a sua, uma palavra de misericórdia, vida e paz», sublinhou.
Francisco apelou a uma «proximidade solidária» que leve o «calor da Igreja» a quem sofre.
«Este dever não está circunscrito aos membros da comunidade eclesial, mas estende-se a todo o contexto civil e social, como apelo a não criar muros mas pontes, a não pagar o mal com o mal mas vencer o mal com o bem, a ofensa com o perdão, a viver em paz com todos», acrescentou.
No final da audiência, o Papa Francisco recordou que, na passada terça-feira, foi beatificado em Osaka, no Japão, Justo Takayama Ukon, leigo japonês martirizado em 1615.
«Em vez de negar a sua fé, renunciou a honrarias e privilégios, aceitando a humilhação e o exílio. Permaneceu fiel a Cristo e ao Evangelho. Por isso, é um grande exemplo de fortaleza na fé e dedicação na caridade», explicou.
In ECCLESIA