Os Predilectos de Deus

«O Dia Mundial do Doente (11 de Fevereiro) é uma ocasião propícia para se reflectir sobre o mistério do sofrimento e, sobretudo, para tornar as nossas comunidades mais sensíveis aos irmãos e irmãs doentes. (…) O mais débil, sofredor ou necessitado de cuidado deve estar mais no centro da nossa atenção, para que nenhum deles se sinta esquecido ou marginalizado».

O Senhor mostrou sempre uma compaixão infinita pelos enfermos e são inúmeras as passagens do Evangelho que nos recordam a sua paixão pelos mais sofridos no corpo ou na alma.

«A Igreja cerca de amor todos os afligidos pela fraqueza humana, mais ainda, reconhece nos pobres e nos que sofrem a imagem do seu Fundador pobre e sofredor. Faz o possível por mitigar-lhes a pobreza e neles procura servir a Cristo».

S. João Paulo II recordou-nos que a dor «não só é útil aos outros, como também lhes presta um serviço insubstituível. (…) Mais do que qualquer outra coisa, é o sofrimento que abre caminho à graça que transforma as almas humanas. Mais do que qualquer outra coisa, é ele que torna presentes na história da humanidade as forças da Redenção».

Para aproveitarmos esta riqueza de graças, adverte-nos S. Josemaria, precisamos de uma «preparação remota, feita cada dia com um santo desapego de nós mesmos, para que nos disponhamos a carregar com garbo – se o Senhor assim o permite – a doença ou a desventura. Sirvamo-nos desde já das ocasiões normais, de alguma privação, da dor nas suas pequenas manifestações habituais, da mortificação, para pôr em prática as virtudes cristãs».

«Quem ama verdadeiramente o próximo deve fazer-lhe bem ao corpo tanto como à alma – escreve Santo Agostinho – e isso não consiste apenas em acompanhar os outros ao médico, mas também em cuidar de que não lhes falte alimentação, bebida, roupa, moradia, e em proteger-lhes o corpo contra tudo o que possa prejudicá-lo».

Para além da saúde física também a da alma deve ser um motivo da nossa preocupação. O Sacramento da Unção dos Enfermos é um dos cuidados que a Igreja reserva para os filhos doentes. Este Sacramento foi instituído para ajudar os homens a alcançar o Céu, é como um remédio espiritual que infunde uma grande paz e alegria na alma do doente que esteja lúcido, fortalecendo-a e despertando nela uma grande confiança na misericórdia divina.

Susana Mexia

Professora

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