Aperta-se o cerco nas Filipinas
Pode ter caído como uma bomba a ordem do Presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, para a detenção de Jack Lam, líder do Grupo Jimei, um dos maiores operadores de “junkets” da Ásia a operar em várias sala de jogo VIP em Macau.
Se olharmos para os acontecimentos mais recentes, percebe-se que a postura de Duterte não foi assim tão descabida, visto ter sido tomada após a recente visita oficial a Pequim, onde se encontrou com Xi Jinping.
À imagem do que se pensa de Xi Jinping sobre a forma como governa a RPC, pode-se pensar que o combate ao consumo e tráfico de estupefacientes, aliado à luta contra a corrupção, é uma forma de Duterte afastar rivais e colocar homens da sua confiança em lugares-chave nas várias instâncias que regem as Filipinas, mas os factos têm provado o contrário.
Posto isto, tendo em consideração o que se passou com o Banco do Bangladesh, o envolvimento no caso de duas empresas de “junkets” de Macau e o que admitiram os seus representantes em sede de inquérito no Senado filipino sobre o dinheiro que chegou até essas mesmas empresas, será que após Jack Lam haverá mais alguém com fortes ligações ao território a ficar em apuros nas Filipinas?
Obras públicas
Realista, sereno e sem tropeços nas palavras, nem vestindo a pele de vendedor de falsas promessas, foi assim que o secretário Raimundo do Rosário se apresentou, segunda e terça-feira, nas LAG sectoriais para os Transportes e Obras Públicas.
Ao contrário do ano passado, quando foi fortemente atacado por deputados ligados ao sistema, o secretário teve agora uma jornada dupla menos atribulada na Assembleia Legislativa, dado que Sónia Chan, com a tutela da Administração e Justiça, havia anteriormente dito que estava posta de parte a revisão da Lei de Terras enquanto não houvesse consenso na sociedade (o mesmo será dizer que vai demorar anos).
Afastado o pretexto para a verborreia do costume, os deputados, na sua generalidade, focaram as intervenções nos problemas reais da sociedade, ficando-se a saber, nas entrelinhas, que o Metro Ligeiro continua a ser um fardo pesado que transitou de outros Governos.
Uma excelente iniciativa preconizada por Raimundo do Rosário é acabar com as comissões e os conselhos consultivos, deixando apenas o das obras públicas, facto que irá optimizar tempo e recursos da Administração logo que a medida seja posta em prática em toda a sua plenitude….
PEDRO DANIEL OLIVEIRA