PAPA EVOCOU O HOLOCAUSTO NO 75.º ANIVERSÁRIO DA LIBERTAÇÃO DE AUSCHWITZ
O Papa Francisco recordou, no passado dia 26 de Janeiro, o 75.º aniversário da libertação do campo nazi de Auschwitz (27 de Janeiro de 1945), símbolo do Holocausto, pedindo que «nunca mais» se repita essa tragédia.
«Esta segunda-feira completa-se o 75.º aniversário da libertação do campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau. Diante desta enorme tragédia, desta atrocidade, não se pode admitir a indiferença e é imperiosa a memória», disse, desde a janela do apartamento pontifício, no Vaticano.
Milhares de pessoas acompanharam o Papa na recitação dominical da oração do Ângelus.
«Amanhã [segunda-feira, 27 de Janeiro], somos todos convidados a fazer um momento de oração e de recolhimento, dizendo, cada um no seu coração: nunca mais! Nunca mais!», apelou.
A 20 de Janeiro, Francisco tinha recordado o aniversário da libertação do campo de concentração nazi de Auschwitz, numa audiência a membros do “Simon Wiesenthal Center”. “O aniversário da crueldade indescritível que a humanidade descobriu há 75 anos é um chamamento a parar, calar e lembrar. Precisamos disso, para não nos tornarmos indiferentes”, declarou, em intervenção divulgada pela Santa Sé. “Não me canso de condenar todas as formas de anti-semitismo”, disse ainda.
O Santo Padre destacou a importância de preservar a memória do Holocausto, para as novas gerações, como forma de “combater todas as formas de anti-semitismo, racismo e ódio de minorias”.
BISPOS DA EUROPA REZARAM PELAS VÍTIMAS
O Conselho de Conferências Episcopais da Europa (CCEE) e a Comissão dos Episcopados Católicos da União Europeia (COMECE) apelaram à oração pelas vítimas do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, 75 anos depois do seu encerramento.
“A 27 de Janeiro, pelas 15h00, o campo de concentração de Auschwitz-Birkenau foi encerrado, acenderemos velas e rezaremos por todas as nacionalidades e religiões assassinadas nos campos de extermínio e por seus familiares”, conforme nota enviada à Agência ECCLESIA.
O comunicado expressa o desejo que a “oração se estenda à reconciliação e à fraternidade, cujo oposto é a hostilidade, conflitos destrutivos e mal-entendidos alimentados”.
O campo de concentração que se tornou “um lugar que inspira terror” e “símbolo de todos os campos de concentração alemães” recebe todos os anos milhares de visitas. Também o Papa Francisco visitou o local em 27 de Julho de 2016.
Desta forma, o CCEE e a COMECE apelam ao “mundo moderno pela reconciliação e paz”, pelo “respeito pelo direito de toda nação a existir e liberdade, independência e manutenção da sua própria cultura”. Segundo os autores do comunicado, “este apelo é extremamente importante porque o mundo em que vivemos ainda está exposto a novas ameaças e manifestações de violência”.
In ECCLESIA