“Mother’s Meal” expande-se para o Sudão do Sul

MOVIMENTO FAZ CHEGAR AJUDA A SESSENTA PESSOAS NA RAEM

“Mother’s Meal” expande-se para o Sudão do Sul

Depois de Índia, Nepal, Macau e Uganda, o Sudão do Sul. A iniciativa “Mother’s Meal” estendeu recentemente o seu âmbito de acção a uma paróquia remota do Sudão do Sul, fazendo da mais jovem nação do continente africano o mais recente país a integrar os esforços desenvolvidos pela Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria para alimentar os mais necessitados no contexto da pandemia do Covid-19.

Desde que o projecto foi lançado na Índia, em Agosto último, os responsáveis pela iniciativa viram crescer substancialmente o número de agregados familiares a que fazem chegar mensalmente ajuda. Em Macau, a “Mother’s Meal” acompanha cerca de sessenta famílias e pessoas necessitadas, explicou o padre Jijo Kandhamkulaty a’O CLARIM. «A Mother’s Meal está a zelar pelas necessidades alimentares diárias de três mil famílias na Índia, no Nepal, no Uganda, no Sudão do Sul e em Macau», enumerou o sacerdote indiano, um dos co-fundadores do projecto. «Em Macau, estamos a dar apoio a um grupo de cerca de sessenta pessoas, entre famílias e pessoas a título individual. Entre elas, há alguns residentes que vivem sozinhos e que se juntam a nós, porque sentem a necessidade de falar com alguém ou de se juntar com pessoas que os aceitem sem preconceitos. Não vêm apenas pela comida. Entre as pessoas que ajudamos, estão também cidadãos do Nepal, da Indonésia, do Myanmar, das Filipinas e do Vietname», acrescentou o padre Jijo Kandhamkulaty.

Em Dezembro, os responsáveis pela coordenação do projecto em Macau convidaram mais de meia centena de pessoas – entre as quais vários alunos da Universidade de São José oriundos dos países lusófonos – para tomarem parte num jantar natalício.

A Índia é o país onde o apoio facultado pela iniciativa “Mother’s Meal” é mais substancial, mas o projecto garante ainda que 160 famílias possam dispor diariamente de – pelo menos – uma refeição condigna em países como o Uganda e o Sudão do Sul, a última nação abrangida pelos esforços solidários do Grupo de Acção Social dos Missionários Claretianos. «A expansão para o Uganda e para o Sudão do Sul está a correr de forma muito positiva. Estamos a ajudar 160 famílias nos dois países. A distribuição de alimentos decorre em três pontos no Uganda e numa paróquia remota do Sudão do Sul. Gostávamos de poder chegar a outras regiões e a mais pessoas necessitadas, mas estamos a ficar sem financiamento e não podemos assumir novos compromissos se não tivermos dinheiro para isso», assumiu o missionário.

«Ao que parece, vamos ter de continuar a manter este apoio durante mais tempo do que esperávamos. O projecto actual foi concebido para um ano, até a Agosto. Alguns países, no entanto, vão continuar a precisar de ajuda até que a sua economia e a sua agricultura estejam restabelecidas», concluiu o padre Jijo.

Marco Carvalho

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