Papa condena ataque terrorista na Nigéria
O Papa condenou no Vaticano o ataque que no último sábado provocou mais de cem mortes no Nordeste da Nigéria, região afectada por atentados ligados a grupos extremistas islâmicos. «Desejo assegurar a minha oração pela Nigéria, infelizmente mais uma vez ensanguentada por um ataque terrorista», disse, no final da audiência geral das quartas-feiras, que decorreu no Palácio Apostólico com transmissão online.
Francisco recordou as pessoas «brutalmente assassinadas» neste crime, na sua maioria agricultores locais. «Que Deus os acolha na sua paz e conforte os seus familiares e converta o coração de quem comete tais horrores, que ofendem gravemente o seu nome», apelou.
A fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) refere que o ataque foi levado a cabo pelo grupo terrorista Boko Haram, na região de Maiduguri, no Nordeste da Nigéria.
As vítimas foram mortas num ataque que já foi classificado como «um massacre horrível» pelo responsável local das Nações Unidas.
Segundo a AIS, há relatos de que os terroristas amordaçaram e degolaram as vítimas que trabalhavam nos campos de arroz, a cerca de dez quilómetros de Maiduguri.
A fundação pontifícia destaca, em nota enviada à Agência ECCLESIA, que o Boko Haram tem realizado desde 2009 ataques terroristas no Norte e Nordeste da Nigéria, com o propósito de criação de um “califado” nesta região. «A comunidade cristã tem sido um dos alvos principais dos terroristas», acrescenta a organização católica.
Além dos ataques terroristas, que já causaram mais de vinte mil mortos desde 2009, a Nigéria tem sido palco de uma série de sequestros, que têm afectado também a comunidade cristã.
NÃO HÁ PECADO QUE ELIMINE CRISTO
Também na passada quarta-feira, o Papa afirmou que a «bênção» de Deus acompanha cada ser humano, apesar das suas falhas, tendo convidado os crentes a confiar na misericórdia divina. «Não há pecado que possa eliminar completamente a imagem de Cristo presente em cada um de nós», sublinhou.
Francisco apontou Deus como «um bom pai» e uma «boa mãe», que nunca deixa de amar um filho, «por mais que ele possa errar».
«Um pecador pode permanecer nos seus erros por muito tempo, mas Deus é paciente até ao fim, esperando que no final aquele coração se abra e mude», indicou ainda. A este respeito, o Santo Padre evocou as mães que vão visitar os filhos, na cadeia, e «nunca deixam de os amar».
In ECCLESIA